Economia

Itamaraty abre 20 vagas

Regras do concurso são publicadas no Diário Oficial da União. Edital deve sair em breve para que exame seja concluído sem comprometer o cronograma do Instituto Rio Branco para 2020. Certame terá provas objetiva e escrita

postado em 20/06/2019 04:17
Palácio do Itamaraty: carreira de diplomata ficou fora do decreto que limitou os concursos públicos

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) publicou ontem, no Diário Oficial da União (DOU), as regras do concurso para a admissão à carreira de diplomata. A divulgação era aguardada desde maio, quando o presidente Jair Bolsonaro confirmou que a abertura de vagas no Itamaraty não estaria sujeita às normas do decreto que limitou a realização de seleções públicas.

De acordo com a portaria, assinada pelo chanceler Ernesto Araújo, serão oferecidas 20 oportunidades na classe de terceiro secretário. O salário para o cargo, neste ano, é de R$ 19.199. O certame terá duas fases: uma com prova objetiva e outra escrita (veja quadro). Ambas as etapas são eliminatórias, mas a segunda é também classificatória. Para a aprovação, serão estabelecidas notas mínimas nas provas escritas.

Ainda segundo o documento, o prazo de realização da primeira etapa do certame ainda não foi divulgado, mas a expectativa é que a publicação do edital aconteça em pouco tempo, respeitando que o prazo de conclusão do concurso seja compatível com o planejamento de atividades do Instituto Rio Branco em 2020.

O último concurso para diplomata, foi organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) e ofereceu 26 oportunidades, que foram disputadas por 5.294 candidatos ; uma concorrência de 203 pessoas por vaga. Na época, a remuneração inicial da carreira era de R$ 18.059,83. Puderam concorrer brasileiros natos, com graduação em qualquer área de ensino.

Carreira

As etapas da carreira estão definidas em lei. A hierarquia do Itamaraty é rígida, como nas Forças Armadas. São seis degraus. Quem passa no concurso assume o cargo de terceiro-secretário, enquanto ainda faz o curso no Instituto Rio Branco. Depois de pelo menos 20 anos, pode chegar a ministro de primeira classe, também chamado de embaixador mesmo se não chefia uma missão no estrangeiro.

O terceiro secretário já é diplomata, mas é também aluno do curso de formação, que dura dois anos. A primeira promoção, para o cargo de segundo-secretário, é a única automática, e leva, no mínimo, três anos. A partir desse momento, as promoções são por mérito.


  • O que será cobrado

    Exame para diplomatas terá duas fases eliminatórias, uma objetiva e outra escrita, que também terá caráter classificatório

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