Hamilton Ferrari
postado em 24/06/2019 10:08
A Caixa Econômica Federal registrou lucro de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2019, o que corresponde a uma quantia 23% superior ao mesmo período do ano passado. Com o resultado, o banco público acumulou 22,9% de expansão nos ganhos nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira (24/6) na sede da instituição financeira, em Brasília.
O resultado foi possível porque o banco teve uma redução de 24,4% no valor de provisões em 12 meses e totalizou R$ 2,8 bilhões no primeiro trimestre do ano.
As receitas com prestação de serviços aumentaram 2,3% em 12 meses, atingindo R$ 6,5 bilhões até março. Houve aumento de receitas com fundo de investimentos (19,8%) e nas receitas de convênios e cobrança bancária (8,5%).
As despesas administrativas somaram R$ 849,3 milhões em comparação com o quarto trimestre do ano passado. A Caixa tem o objetivo de diminuir em R$ 3 bilhões os gastos no biênio 2019-2020.
Mercado de crédito
A carteira de financiamentos da Caixa caiu 2% em 12 meses e alcançou o saldo de R$ 685,8 bilhões em março. Houve redução de 18% na carteira de crédito comercial para pessoa físicas e jurídicas.
De acordo com a Caixa, o recuo foi motivado pelo reposicionamento estratégico do crédito, que vai priorizar a concessão para os segmentos ligados a micro e pequenas empresa, fomento do crédito imobiliário e ampliação das operações para a classe média através de recursos de poupança e aumento da carteira de crédito consignado.
Durante coletiva de imprensa, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o banco é o banco do povo e ressaltou que é preciso ter foco. ;O foco da Caixa é a ;Padaria do seu Joaquim; e não empresas grandes;, alegou. Segundo ele, a instituição não vai mais gastar R$ 200 milhões com clubes de futebol, mas, sim, em áreas que ;fazem sentido; para a Caixa.
;Nós somos banco do povo. E o banco do povo não podem colocar dinheiro onde não é o foco. Isso vocês poderão me cobrar;, disse. O presidente também declarou que há estudos sendo feitos pela vice-presidência de Distribuição, Atendimento e Negócio para analisar a quantidade de agências. Segundo ele, há oito unidades físicas sendo pensadas, sendo que três já estão em construção. Guimarães ressaltou que a Caixa não fechará agências onde é a única em uma localidade.