Economia

Atendimento digital cresce no governo

Correio Braziliense
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postado em 26/06/2019 04:15
Salin Monteiro: serviços são digitalizados com a ajuda dos contribuintes

O Ministério da Economia começou a prestar mais 39 serviços de forma digitalizada na última segunda-feira. Ao todo, a pasta oferta 301 procedimentos de forma totalmente virtual e outros 54 parcialmente. Segundo a Secretaria de Governo Digital, a transformação já atingiu 80% de todos os atendimentos possíveis na pasta.

De acordo com o secretário Luis Felipe Salin Monteiro, o Ministério da Economia tem se esforçado para a digitalização ser realidade em todo o governo. Atualmente, há 1.407 serviços virtuais em toda a administração pública federal, sendo que 160 foram implementados de janeiro até hoje.

A Secretaria de Governo Digital tem até o fim de 2020 para incrementar outros 840 na lista. Salin Monteiro explica que, pela primeira vez, os serviços são digitalizados com ajuda dos contribuintes. ;O primeiro estágio é a fase de pesquisa do usuário, que o Ministério da Economia tem um time que levanta da cadeira e vai entender as demandas do usuário. Ele entende a jornada para o consumo desse serviço: se precisou se deslocar, se pegou fila, se teve que autenticar documento, a experiência de consumo;, disse.

Tendo essas informações, esses servidores utilizam um conjunto de plataformas tecnológicas para acelerar a transformação digital de todo o governo. ;É um projeto que dura entre três e seis meses. Antes do serviço ser entregue, voltamos ao usuário e fazemos outra pesquisa de ajustes e para entender se ele conseguirá navegar;, afirmou.

Entre os serviços digitais adotados a partir desta segunda-feira estão a comunicação de acidentes de trabalho, incêndios, riscos e inspeções a empreendimentos às unidades regionais de Fiscalização do Trabalho, além da solicitação de vínculos empregatícios do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Enxugamento

De acordo com Salin Monteiro, o governo consegue reduzir os gastos em quase R$ 160 milhões com as medidas. As despesas com papel, logística, transporte, salas, por exemplo, são deixadas de lado. ;Além disso, traduzimos o tempo do cidadão em valores monetários e conseguimos economizar R$ 589 milhões por ano. A hora do brasileiro tem um custo, que é dado por indicadores econômicos. Toda hora que ele espera, ou deslocamento, é possível quantificar em valores reais;, declarou o secretário de Governo Digital.

Levantamento com base no Standard Cost Model (SCM), criado na Europa e aplicado para mensurar a economia gerada pela transformação digital, estima que esse processo pode gerar mais de R$ 6 bilhões de economia anual para a sociedade brasileira.

O retorno do investimento também costuma ser rápido. Apenas com os serviços do Ministério da Economia transformados em 2019, estima-se uma economia de aproximadamente R$ 420 para cada R$ 1 investido, além de poupar ou reduzir em mais de 8 milhões de horas o tempo gasto por todos os cidadãos que antes tinham de acessar esses serviços presencialmente.

Salin Monteiro citou que a medida vai em linha com o enxugamento da máquina pública e com a diminuição do número de servidores. Ele exemplificou que um serviço da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu que 700 funcionários fossem remanejados. ;Até ano passado, o cidadão tinha que tirar o Certificado Nacional de Vacinação no Aeroporto, até para fazer viagens para países que exigiam. Agora, é tudo digital. O cidadão toma uma vacina e manda uma foto do comprovante para receber o certificado;, disse. (HF)

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