Vera Batista
postado em 26/06/2019 15:58
O resultado primário do governo central, em maio de 2019, teve um déficit de R$ 14,7 bilhões, abaixo do registrado no mesmo mês de 2018, de R$ 11 bilhões, de acordo com os dados apresentados pelo Tesouro Nacional. Com esse resultado, a projeção para o ano de 2019, aponta para um déficit primário do governo central de R$ 138 bilhões, apesar do contingenciamento de R$ 31,7 bilhões na despesa primária. ;A se confirmar o primário, isso representaria uma sensível piora frente ao déficit de 2018, de R$ 120,2 bilhões;, destaca o sumário executivo do Tesouro Nacional.
O documento aponta que a queda da na receita líquida é de aproximadamente 0,5 ponto do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país), frente a uma despesa primária de 0,3 ponto. O governo reitera, como já havia feito desde março que, ;nesse contexto, diante das atuais circunstâncias e sem contar como bônus de assinatura do leilão do excedente de cessão onerosa, repetir o resultao primário do ano passado já seria um enorme ganho;
No acumulado do ano, até maio, o déficit primário foi de R$ 17,5 bilhões, também abaixo dos R$ 15,2 bilhões, em valores nominais, dos cinco primeiros meses do ano passado. O que significa uma deterioração real de 9,3%.Em termos reais (descontada a inflação), até maio, o rombo das nas contas públicas ficou em R$ 17,3 bilhões. Nesse caso, foi superior ao apurado no mesmo período de 2018, de R$ 15,9 bilhões.
Pelas informações do Tesouro, o resultado observado veio próximo das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que sinalizava, na mediana, resultado deficitário de R$ 15 bilhões para o mês ; explicado pelo movimento sazonal de transferência da maior arrecadação do IRPJ/CSLL e participações especiais da exploração de recursos naturais em abril. Os dados apontam, ainda, que em maio, o Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 178 milhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) teve resultado negativo de R$ 14,9 bilhões.
A piora em relação a maio de 2018 teve como causa principal o resgate de cotas do Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE), no valor de R$ 3,5 bilhões. Além do efeito desse resgate, houve redução real das despesas de R$ 1,5 bilhão e da receita líquida, de R$ 1,1 bilhão. O Tesouro explica que redução real receita líquida teve como causa principal a elevação das transferência por repartição das receitas de participações especiais, enquanto a redução real das despesas foi por causa da diminuição nos gastos com abono e seguro desemprego e nãos despesas do Poder Executivo, sujeita a programação financeira.