postado em 28/06/2019 04:05
Em maio, foram criados 32.140 empregos formais. O resultado é o pior para o mês desde 2016, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem. Segundo o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo, o saldo mostra que a economia está em compasso de espera, aguardando a definição de pontos importantes, como a reforma da Previdência. ;A geração de emprego está em linha com o que a economia vem demonstrando, que está com dificuldade de alçar novos voos.;
O crescimento da agropecuária foi essencial para chegar no pequeno implemento do resultado. Neste ano, o setor ficou responsável pela abertura de 37.736 postos de emprego. Os resultados foram impulsionados pelo cultivo do café e da laranja. Só o café representou quase 68% dos postos. Segundo Matheus Stivali, subsecretário de Políticas Públicas e Relações do Trabalho, as safras são consequências sazonais de uma boa época de cultivo, o que aumenta a necessidade de emprego no setor.
Segundo o Caged, em 2019 foram criados 351.063 empregos, elevando para 38.761 milhões o estoque de empregos com carteira assinada no país. No ano, com um saldo positivo de 474.299 novos postos de trabalho, houve crescimento de 1,24%.
Para Stivali, mesmo com um desempenho similar aos dos últimos anos, não tem como falar de tendência de subida ou de descida dos resultados. ;A geração de emprego está em linha pelo que demonstra, mas não significa que tem que estar no mesmo ponto;, afirmou.
Segundo subsecretário, com a aprovação da reforma da Previdência poderá haver mudança nas expectativas, já que possivelmente haverá melhora de investimentos e, consequentemente, de saldos de emprego. ;Uma vez tendo desfecho, pode haver noção melhor do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para geração de emprego;, finalizou.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira