Agência Estado
postado em 28/06/2019 10:06
O dólar no mercado à vista oscila em baixa, entre margens estreitas, influenciado pelo dólar mais fraco no exterior e a pressão exercida pelo investidor "vendido" (apostou na queda) em contrato cambial na disputa técnica pela formação da última taxa Ptax de junho e do primeiro semestre, que será divulgada depois das 13h. A Ptax desta sexta-feira, 28, servirá na próxima segunda-feira, 1º de julho, para os ajustes dos contratos de derivativos cambiais e dos balanços corporativos de fim de trimestre e de semestre.
Até 9h43, a mínima do dólar à vista foi de R$ 3,815 (-0,48%) e a máxima, em R$ 3,8293 (-0,11%). Não está descartado o ingresso, mesmo que parcial, da captação de US$ 175 milhões fechada pela CSN no exterior na quinta-feira, 27, o que ajudaria na queda também.
O operador Luis Felipe Laudísio dos Santos, da Renascença DTVM, diz que no penúltimo dia de negociação do contrato de Julho de 2019, ontem, houve investidor estrangeiro saindo de 6.255 contratos comprados em câmbio (cerca de US$ 312,7 milhões) e agora estão vendidos em 31.700 contratos (US$ 1,585 bilhão), contribuindo ainda para reforçar a pressão de baixa nesta sexta. Bancos e Fundos Nacionais atuaram nesta quinta na contraparte com 28.840 (US$ 1,442 bilhão) e 6.000 (cerca de US$ 300 mi) contratos, respectivamente, informou.
O ambiente positivo persiste após a promessa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de votar a reforma da Previdência no plenário antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho. O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou também que vai liberar R$ 100 bilhões de recursos que os bancos são obrigados a depositar no Banco Central, os chamados depósitos compulsórios, a fim de estimular a economia.
Os dados da Pnad Contínua do trimestre encerrado em maio foram monitorados mais cedo, mas ficam em segundo plano. A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,3% no trimestre encerrado em maio. O resultado veio igual à mediana calculada pelo Projeções Broadcast a partir do intervalo de estimativas do mercado financeiro que iam de uma taxa de desemprego de 12,10% a 12,50%. Em igual período de 2018, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,7%. No trimestre até abril, a taxa foi de 12,5%.
Às 9h43, o dólar à vista caía 0,20%, a R$ 3,8258. O dólar futuro para agosto, mais negociado a partir desta sexta, subia 0,13%, a R$ 3,8365.