Economia

Em mês de recorde histórico na bolsa, Ibovespa e dólar fecham em alta

Principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou junho aos 100.967 pontos, com alta de 0,24%, e o dólar a R$ 3,83, com alta de 0,20%

Gabriela Tunes*
postado em 29/06/2019 19:41
Principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou junho aos 100.967 pontos, com alta de 0,24%, e o dólar a R$ 3,83, com alta de 0,20%
Junho de 2019 será lembrado para sempre pelos investidores. Foi nele que a bolsa de valores bateu o recorde histórico de pontos. Nesta sexta-feira (28/6), o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou o mês aos 100.967 pontos, com alta de 0,24% e o dólar a R$ 3,83, com alta de 0,20%.

O primeiro recorde do mês ocorreu em 19 de junho, quando a bolsa teve alta de 0,9% e atingiu 100.303 pontos. Posteriormente, ela seguiu com dois recordes consecutivos, um na sexta-feira passada (21/6), com 102.012 pontos, após o feriado de Corpus Christi, e outro na segunda-feira (24/6), com 102.062 pontos. De acordo com Renan Silva, economista da BlueMetrix Ativos, os recordes são resultado de um abrandamento da crise política. "O consenso em torno da Previdência está prevalecendo junto ao otimismo generalizado dos investidores, principalmente na bolsa", afirmou. Para ele, o aumento de confiança reforçou a possibilidade de os investidores vivenciarem na frente a possível queda futura da taxa de juros, havendo pressão natural de deslocar da renda fixa para a variável.

Nesta sexta, a bolsa fechou com leve alta, ainda que positiva, o que prova que o movimento de alta tem boa consistência. "Depois de um movimento mais forte que vivenciamos nos últimos 10 dias é natural que tenhamos perdas de força e uma pequena parada", explicou Renan. Como a bolsa sobe em ondas e começou o dia com entrada forte, para o economista está perspicando a melhora de humor no campo político. No câmbio, a leve alta registrada pode ser considerada um período de ajuste. "O valor de hoje é bem diferente do patamar de R$ 4,00 que vimos há pouco tempo", apontou Silva.

O fechamento da bolsa no mês veio diante dos resultados do acordo entre Mercosul e União Europeia. Após 20 anos de discussão, foi firmada parte da negociação comercial entre os dois blocos econômicos, com estimativa de um aumento de US$ 113 bilhões de investimentos para o Brasil, além de prever um incremento do PIB brasileiro de até R$ 125 bilhões, em 15 anos. A entrada de novos investimentos é positiva por motivar novos cortes de juros, aumento de investimento e melhora da atividade econômica. "Além da reforma, a gente tem esse evento de perspectiva de entrada de capital de forma de contundente", completou Renan.

Os resultados também vieram diante da espera das reuniões do G-20. Segundo Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, as expectativas vêm para diálogos de Jair Bolsonaro com países parceiros a respeito de questões ambientais e para o encontro de Trump com o presidente da China, Xi Jinping. "Há esperança do mercado para participação do Brasil nesse encontro e que o governo consiga manejar imbróglios políticos, sobretudo a questão ambiental. Da mesma forma, o mercado mundial espera aproximação maior entre EUA e China e a resolução da guerra comercial ;, explicou.

* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca

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