Ana Dubeux
postado em 30/06/2019 13:45
O que é economia para você? A ideia de estabilidade, emprego para todos, comércio forte, indústria em ascensão? Para a maioria, é tudo isso junto, mas, em outras palavras, podemos definir assim: comida na mesa, moradia garantida, saúde pública boa, segurança na porta de casa, dinheiro para viver dignamente e possibilidade de realizar sonhos de consumo.
Por trás disso, há tantas variáveis e condições; há política também. Há um presidente, uma equipe econômica, um Estado, um mercado sedento para investir e lucrar. Há uma moeda, o nosso real. Há 25 anos, um plano econômico bem-sucedido nos levou a um patamar histórico. Debelou a hiperinflação e inflou os sonhos de uma população inteirinha. Possibilitou o acesso a produtos importados, a estabilização monetária, incluiu os mais pobres no mundo do consumo e levou a uma sensação de riqueza.
Nessa semana, para refletir sobre tudo isso, o Correio, com a coordenação e edição do competente jornalista Vicente Nunes, publicou uma série de reportagens sobre as bodas de prata do Real. Fomos da realidade tão promissora à estagnação, a períodos de recessão, ao descontrole das finanças ; o que fere de morte todas as conquistas.
O Brasil precisa de reformas, é certo. Mas precisa também de amadurecimento. De menos histeria e surtos políticos e mais seriedade com o que é público. Ter uma moeda forte é ter um país forte? Sim! Mas uma força verdadeiramente propulsora exige planejamento, constância, responsabilidade, controle de gastos, investimentos precisos e mais um monte de condições que não dependem de mandato. Dependem de objetivos claros e execução a longo prazo.
O real seduziu o brasileiro. O mundo olhou para o Brasil e o Brasil descobriu um novo mundo. A visão turva da política, sempre embaçada por estratégias partidárias e interesses eleitoreiros, pode cortar pela raiz a possibilidade de estabilidade econômica e crescimento sustentável.
O que aprendemos nesses 25 anos é que tudo pode mudar, oscilar para o bem e para o mal, para cima e para baixo, como uma gangorra num parquinho infantil. Proteger o real não significa só assegurar uma economia forte. Significa perpetuar os sonhos de um país e garantir emprego, renda, saúde, educação, segurança e dignidade para o povo brasileiro. Nesta segunda (1/7), para arrematar essa valiosa cobertura de 25 anos do real, promoveremos aqui no nosso auditório, com exibição ao vivo no site correiobraziliense.com.br, um Correio Debate com a maioria dos protagonistas dessa história. Você é nosso convidado.