Economia

Cautela de investidores

postado em 02/07/2019 04:21

O otimismo gerado pela trégua na tensão comercial acertada, no fim de semana, entre os Estados Unidos e a China, no Japão, impactou o mercado ontem. O dólar chegou a operar cotado a R$ 3,81, menor nível desde o fim de março, mas acabou não mantendo a queda e fechando com leve valorização de 0,1%, a R$ 3,844. E o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou o primeiro pregão de julho em alta moderada, de 0,37% aos 101.339. O que segurou o otimismo foi a cautela dos investidores com a reforma da Previdência, que tem a leitura do voto do relator prevista para hoje na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.

Embalado pelo apetite ao risco no exterior e a alta firme das bolsas americanas, que atingiram recordes intraday, o Ibovespa chegou a superar os 102 mil pontos pela manhã. O ímpeto altista arrefeceu ao longo da tarde, acompanhando a diminuição dos ganhos em Nova York, na esteira de dados fracos da economia americana e global, e a cautela diante do andamento da mudança nas regras de aposentadorias e pensões.

O analista da Ativa Investimentos Ilan Arbetman observa que, embora haja uma tendência de alta para o Ibovespa, apenas avanços concretos no andamento da reforma da Previdência podem trazer uma nova onda consistente de valorização do índice no curto prazo. ;Precisamos de uma informação mais tangível no campo político. O mercado está muito atento a essa questão da Previdência, porque cada adiamento gera muitas dúvidas;, disse. Ele ressaltou que o resultado da bolsa se deu mais por conta do ambiente externo, como a alta do minério de ferro, do que por otimismo em relação à reforma.

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