Economia

Cidadão está cada vez mais conectado, diz gerente executivo da FGV

A afirmação é um pedido para que as empresas invistam na formação de pessoas para que o cidadão do futuro esteja sempre à frente das novas tecnologias

postado em 08/07/2019 11:56
Correio Debate - 25 Anos do Real, realizado no auditório do jornal Correio Braziliense. Na foto Carlos Augusto Costa, gerente executivo da Fundação Getulio Vargas

Por mais que a tecnologia avance a cada dia, elas nunca serão capazes de substituir o potencial humano de tomada de decisões. A afirmação, do gerente executivo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carlos Augusto Costa, é um pedido para que as empresas invistam na formação de pessoas para que o cidadão do futuro esteja sempre à frente das novas tecnologias. ;Não temos de nos preocupar com softwares, mas, sim, com ;peoplewares;. A tecnologia é, sim, importante, mas é necessário priorizar a preparação dos seres humanos, pois somos nós que tomaremos as decisões do dia a dia. Por isso, é importante que os governos e instituições responsáveis pela formação humana percebam esse ativo e comecem a trabalhar no sentido de contribuir para que esse cidadão do futuro esteja um passo à frente das novas tecnologias;, analisa.

Para Costa, também é fundamental primar pela qualidade das competências dos seres humanos. ;Melhorar a relação de pessoa para pessoa é um ponto muito importante. Tem de haver confiança, transparência, justiça e equidade. Sem isso, dificilmente construiremos uma sociedade mais justa e progressista;, opina. O gerente executivo da FGV bate na tecla de que todos têm de ser educados para entender as novas tecnologias. Na avaliação dele, o mundo passa por grandes transformações que impactam os empregos. ;É necessário pensar em como encontrar os caminhos para que o cidadão seja educado e entenda as novas ferramentas virtuais para saber lidar com um ambiente mais competitivo e mais exigente no mercado de trabalho.;

Moldar as habilidades é um aspecto crucial para a evolução da economia. Costa explica que, à medida que o consumidor está em um bom momento pessoal e com uma visão de futuro positiva, tende a comprar mais e se relacionar melhor com o ambiente de negócios ao qual está inserido. ;Quando o consumidor vai consumir algo, ele considera todo esse processo no qual está imerso. A economia quem faz somos nós. Demanda, quem faz, são as pessoas. Se elas estão satisfeitas, tendem a consumir mais e, com isso, a economia cresce;, diz.

Costa vê as transformações tecnológicas dentro do mercado financeiro como um potencializador para que o consumo da população seja cada vez mais elevado. ;Preferimos a praticidade. Se tivermos a mesma quantidade de dinheiro em espécie e em um cartão, os gastos do cartão serão muito maiores, pois a população sabe que só terá de pagar mais adiante;, afirma. Além disso, com a facilidade para se abrir uma conta atualmente, graças às fontes ele acredita que será cada vez mais raro as pessoas usarem cédulas de dinheiro. ;No momento em que vivemos atualmente, recorrer aos bancos tradicionais é algo muito burocrático. Tenho uma filha de 25 anos, por exemplo, que nunca foi a um banco e abriu a conta dela pelo celular, pois é bem mais prático. Creio que teremos ainda mais ferramentas para facilitar a nossa vida daqui em diante;, garante.

No entanto, ele frisa que as inovações terão de se adaptar aos costumes dos consumidores. ;Adoramos novidades, mas gostamos da familiaridade. Se a tecnologia não se transformar em algo que eu fique confortável, vou esquecer;, opina.

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