Agência Estado
postado em 10/07/2019 17:50
As bolsas de Nova York tiveram sessão positiva nesta quarta-feira, 10, com os três índices atingindo recordes intraday de olho na postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O índice S 500 chegou a superar os 3 mil pontos, marca inédita, enquanto o tecnológico Nasdaq registrou fechamento em patamar recorde.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,29%, em 26.860,20 pontos, o Nasdaq avançou 0,75%, a 8.202,53 pontos, e o S 500 teve ganho de 0,45%, a 2.993,07 pontos.
O presidente do Fed, Jerome Powell, foi sabatinado no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos EUA e ressaltou incertezas como as tensões comerciais e preocupações com a força da economia global que "continuam a pesar sobre as perspectivas econômicas", enquanto as pressões inflacionárias estão em patamar modesto. A ata da última reunião de política monetária, divulgada nesta tarde, mostrou que os dirigentes concordam que haverá a necessidade de mais acomodação monetária, caso os riscos persistam. O documento também mostrou que vários dos dirigentes avaliam que um corte na taxa de juros poderia ajudar a amortecer choques futuros.
Analistas em geral viram a comunicação de hoje como um reforço na expectativa de corte nos juros no fim deste mês, enquanto o CME Group mostrou inclusive um avanço nas apostas de uma redução mais agressiva, de 50 pontos-base, embora a aposta majoritária continue a ser de uma redução de 25 pontos-base.
Nesse quadro, o apetite por risco foi apoiado nas bolsas de Nova York. Somou-se a isso a alta forte do petróleo, que ajudou papéis do setor de energia: Chevron fechou em alta de 1,69%, Chesapeake Energy subiu 5,52% e ConocoPhillips, 2,20%.
Os setores de tecnologia e serviços de comunicação também se saíram bem. Entre os destaques nesse universo, Apple subiu 0,99%, Amazon ganhou 1,46%, Facebook registrou alta de 1,77% e Alphabet (Google), de 1,48%.
A expectativa de juros mais baixos adiante, porém, pressionou ações do setor bancário. Goldman Sachs caiu 0,87% e Citigroup, 0,60%, destoando do quadro positivo para a maioria dos papéis em Nova York.