postado em 12/07/2019 04:22
No Laboratório Sabin de Análises Clínicas, dos 5,2 mil funcionários, 77% são mulheres. Mas o dado que realmente chama a atenção é que 3 em cada 4 postos de liderança são ocupados por elas. No Sabin, não ocorre o funil que é comum em outras companhias, em que a participação feminina diminui à medida que a pessoa sobe na hierarquia.
Chegar a esse número é o resultado de uma série de ações que têm como propósito criar um ambiente de trabalho efetivamente igualitário para homens e mulheres. ;O Sabin foi fundado em Brasília há 35 anos por duas mulheres e tem uma alma feminina;, diz Lídia Abdalla, presidente-executiva. ;Todas as nossas ações foram criadas tendo como base o respeito às pessoas, entendendo que todos são iguais.;
Para que as mulheres e homens possam ocupar cargos de liderança em igualdade de condições, a empresa oferece cursos de treinamento a todos. ;Dessa forma, conseguimos garantir que todos estejam preparados e o melhor seja escolhido;, diz Lídia. Segundo ela, não há discriminação de gênero por áreas. ;Buscamos garantir a equidade em todos os setores.;
O período de gravidez recebe atenção especial. Há diversos programas para que esse momento da vida, que dentro da vida corporativa é muitas vezes traumático, ocorra de forma natural no Sabin. Um deles é o Dono da Fralda. A empresa organiza um chá de bebê para todos os funcionários ;grávidos;, incluindo homens. Todos participam. ;Quando fiquei grávida, só tive que comprar fraldas depois de um ano e dois meses;, diz Lídia.
Estar grávida não impede uma funcionária de ser promovida. ;Há três anos, uma vaga de coordenadora de recursos humanos foi ocupada por uma grávida de oito meses. Ela foi aprovada, saiu de licença e ocupou o cargo após o retorno;, diz a presidente-executiva do Sabin. Para Lídia, o comprometimento dos líderes é fundamental para uma empresa criar um ambiente de equidade. ;A alta liderança precisa estar engajada em construir um ambiente realmente igualitário.;
A desigualdade na prática
Em comparação a um homem, uma mulher é...
; 1,7 vez mais propensa a não ser considerada para uma oportunidade porque é vista como não flexível ou com baixo comprometimento
; 1,6 vez mais propensa a receber remuneração menor do que os homens em posições semelhantes
; 1,5 vez mais propensa a não ser considerada para uma posição/oportunidade por conta de diferenças no estilo de liderança ou de relacionamento interpessoal
Fonte: Pesquisa Bain/LinkedIn