postado em 17/07/2019 04:05
Por que o setor de
compartilhamento de férias
e multipropriedade tem
crescido acima da média?
Principalmente porque as grandes redes hoteleiras começaram a ter uma participação interessante nesse mercado. O que antes era visto com desconfiança pelo consumidor, hoje conta com a solidez e a boa reputação de grupos como Rio Quente, Beach Park, Mabu, Costão do Santinho, Costa do Sauípe e Bourbon. As marcas dão mais segurança ao consumidor.
A regulamentação
também impactou?
Com certeza, a criação de um marco jurídico para o setor ajudou muito. Hoje, quem investe nisso sabe que não terá nenhum problema no futuro.
Qual o potencial do
mercado brasileiro?
O potencial é imenso. O Brasil tem quase 220 milhões de pessoas e uma grande demanda reprimida no turismo e no mercado de férias. E, uma vez que as pessoas se acostumam a viajar, não mudam, é uma necessidade humana, é saudável, é um investimento na saúde. Por isso, com tudo o que ocorreu, ainda a participação de mercado é bem pequena; temos espaço para crescer muito. O turismo vai puxar para cima o mercado imobiliário e toda a economia.
Mas a indústria do turismo
no Brasil, que recebe apenas
6 milhões de estrangeiros
por ano, hoje tem pouca
representatividade na
economia e, principalmente,
no mercado imobiliário.
Existe uma razão histórica para isso. O Brasil começou a pensar no turismo fora do eixo Rio-São Paulo apenas nos anos 1980. E começou realmente a pensar na estrutura jurídica, a criar um ministério de turismo, há poucos anos. Esse é um setor que precisa de investimento de longo prazo e de planejamento. O crescimento do mercado de férias e os números do setor de timesharing e propriedade compartilhada comprovam que, com bom planejamento, é possível crescer de forma sólida e consistente.