postado em 23/07/2019 04:21
Após 20 semanas consecutivas de queda, mercado interrompe a sequência de projeções negativas e eleva a expectativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,81% para 0,82%, em 2019. As estimativas de inflação recuaram de 3,82% para 3,78% no período. Os dados são do Boletim Focus do Banco Central. Para 2020, as simulações de crescimento econômico permaneceram em 2,1% e de inflação, em 3,90%.
A melhora ocorreu também no risco país, medido pelo Credit Default Swap (CDS) ; uma espécie de seguro contra o não pagamento da dívida soberana do país ; que atingiu 128 pontos. A menor pontuação desde 2014.
A alta na projeção do PIB é atribuída à entrada de dinheiro novo em circulação, pelos anúncios já feitos pelo governo de liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep, da concretização das reformas estruturais e das privatizações e concessões que já estão engatilhadas.
O economista Eduardo Velho, sócio da GO Associados, diz que o mercado ainda está cauteloso, embora confiante, aguardando a aprovação da reforma da Previdência, e o andamento da reforma tributária, das privatizações e da venda dos papéis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sem preocupação com eventuais ;discursos políticos;.
O economista César Bergo, sócio-consultor da Corretora OpenInvest, também prevê PIB de 1% este ano, ;se tudo der certo;. ;O mercado está esperando agosto chegar. Pelo menos o governo, que jogava a responsabilidade pelo crescimento no colo da população e do empresariado, sinaliza dar sua cota de sacrifício. Se for banida a multa de 40% do FGTS, vai ter que abrir mão da arrecadação dos 10% que lhe cabia, algo em torno de R$ 15 bilhões. É um bom sinal;, diz Bergo.