Agência Estado
postado em 25/07/2019 09:45
O dólar opera em baixa no mercado doméstico nesta manhã de quinta-feira, 25, alinhado à queda predominante da moeda americana em relação a divisas emergentes ligadas a commodities, na esteira do avanço de quase 1,5% do petróleo e a alta de alguns metais básicos, como cobre, diante de expectativas de retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China na próxima semana.
Contudo, a valorização do real e de outras moedas emergentes é limitada pelo fortalecimento da moeda americana em relação ao euro, que bateu mínimas, após o Banco Central Europeu (BCE) ter passado a prever juros "nos níveis presentes ou mais baixos" até ao menos meados de 2020.
O BCE alterou nesta quinta-feira o seu guidance, abrindo espaço para um corte de juros mais à frente. As taxas básicas de juros, a de refinanciamento e a de depósito, foram mantidas em 0% e -0,40%, respectivamente. Uma outra mudança significativa foi a informação de que o conselho do BCE incumbiu comitês do sistema do euro de examinar opções como o tamanho e a composição de potenciais novas compras líquidas de ativos sob o programa de afrouxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), além de "reforçar" o guidance e desenhar um sistema de camadas para a remuneração de reservas de bancos depositadas junto à autoridade monetária.
Em sua decisão, que será comentada pelo presidente da instituição, Mario Draghi, em entrevista coletiva, o BCE informou ainda que o conselho ressaltou "a necessidade por uma política monetária altamente acomodatícia por um período prolongado de tempo, à medida que as taxas de inflação, tanto real quanto projetada, têm estado persistentemente abaixo de níveis que estejam em linha com a sua meta", que é classificada como "perto, mas abaixo de" 2%.
Na agenda local, as atenções estarão mais tarde nos números sobre emprego do Caged (10h00), que podem reforçar a percepção de fraqueza e a necessidade de corte de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 6,00% ao ano.
Às 9h22, o dólar à vista caía 0,32%, aos R$ 3,7576. O dólar futuro para agosto recuava 0,40%, a R$ 3,7590.
Mais cedo foi revelado que o IPC-Fipe teve alta de 0,12% na 3ª quadrissemana de julho, após subir 0,10% na prévia anterior. Já o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 2,3 pontos na passagem de junho para julho, aos 95,5 pontos. O resultado representa o segundo avanço consecutivo, embora ainda insuficiente para mudar a tendência da média móvel trimestral, que recuou pelo quinto mês seguido, -0,4 ponto em julho.