O endividamento do governo federal ocorre porque há um avanço dos gastos obrigatórios, em especial da Previdência Social. Por isso, as contas públicas estão no vermelho desde 2014.
Uma das apostas do governo para frear o avanço das despesas é fazer a reforma da Previdência, que está em discussão na Câmara dos Deputados. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) passou no primeiro turno na casa, mas ainda precisa ser validado em nova votação antes de ir para o Senado.
Para financiar o rombo, o governo precisa emitir títulos, o que, na prática, é ofertar papéis no mercado que serão remunerados, no futuro, com juros. A emissão líquida atingiu R$ 67,48 bilhões em junho ; R$ 71,20 bilhões ao todo, com resgates de R$ 3,72 bilhões. Além disso, o governo gastou R$ 19,66 bilhões com juros. A expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida termine o ano em R$ 4,3 trilhões.
Os maiores detentores da dívida são fundos de investimentos, com 26,85% dos recursos. Ou seja, do total de R$ 3,826 trilhões, há R$ 1,027 trilhão destinados a este tipo de aplicação. Em seguida, aparecem a Previdência (23,91%), as instituições financeiras (23,17%), os não-residentes (12,34%), o governo (4,09%) e as seguradoras (4,01%). Outros correspondem a 5,63%.