Economia

STF manda abastecer navio

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 26/07/2019 04:05
Embarcação iraniana está parada há 50 dias em Paranaguá

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rejeitou pedido de recurso da Petrobras e manteve decisão judicial que obrigava a estatal a abastecer dois navios iranianos parados no Paraná há 50 dias. A petroleira alegou não ter fornecido o combustível porque a empresa dona das embarcações estaria sob sanção dos Estados Unidos, o que colocaria a própria companhia em risco de sofrer penalidades pelas autoridades norte-americanas. Ontem, a Petrobras informou não ter sido notificada da decisão de Toffoli, que corre em segredo de Justiça, e ainda não tinha abastecido os navios.

Chamados Bavand e Termeh, os navios da empresa Eleva Química vieram ao Brasil carregados de ureia e deveriam retornar ao Irã com milho brasileiro. O Bavand, já carregado com 48 mil toneladas de milho, está fundeado em frente ao Porto de Paranaguá. O Termeh, ainda vazio, está a cerca de 20 quilômetros do terminal. Juntos, podem transportar 100 mil toneladas, carga avaliada em até R$ 100 milhões.

O Irã ameaçou cortar as importações do Brasil se a Petrobras não reabastecer os navios para que retornem ao país. Conforme a balança comercial, no ano passado, o Brasil exportou US$ 2,25 bilhões (R$ 8,5 bilhões pela cotação de ontem), principalmente carne, milho e açúcar, e importou US$ 40 milhões.

O Ministério da Defesa, por meio da Marinha do Brasil, informou que ;acompanha a situação dos navios graneleiros de bandeira iraniana que se encontram ao largo do Porto de Paranaguá, aguardando reabastecimento;. Procurado, o Ministério de Relações Exteriores disse, em nota, que ;colaborou com o processo judicial, dentro de suas atribuições;.


  • Brasileiro gasta mais em dólar

    Os brasileiros voltaram a viajar para o exterior e gastaram US$ 8,8 bilhões no primeiro semestre de 2019, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). Em junho, as despesas internacionais somaram US$ 1,52 bilhão, 2,4% superiores às registrados no mesmo mês do ano anterior, de US$ 1,49 bilhão. Mas quando se compara os seis primeiros meses dos dois anos, a queda nos gastos foi de 8%, porque, em 2018, os desembolsos dos viajantes foram de US$ 9,57 bilhões, ou US$ 77 milhões a mais. Para o chefe de Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, é possível que a queda na cotação do dólar tenha influenciado no aumento das despesas. Em média, a divisa dos Estados Unidos estava cotada a R$ 4 em maio e a R$ 3,86 no mês passado.

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