Economia

Acordo com caminhoneiros e transportadoras deve ser fechado hoje

"O que a gente está tentando fazer é algo extremamente difícil. É diálogo, construção e convencimento", diz Tarcísio Gomes, ministro da Infraestrutura

Luiz Calcagno
postado em 31/07/2019 15:08
Tarcísio Gomes, Ministro da Infraestrutura O Ministério da Infraestrutura deve fechar, nesta quarta-feira (31/7), o acordo com os setores de container e combustíveis líquidos. O ministro Tarcísio Gomes se mostrou confiante ao comentar o andamento das negociações, no começo da tarde. Ele não confirmou, no entanto, se conseguirá fechar o acordo com todas as categorias até sexta (2/7).

[SAIBAMAIS] "O que a gente está tentando fazer é algo extremamente difícil. É diálogo, construção e convencimento. Tem alguns setores que estamos avançando bem, que estão bem adiantados. Setor de container, de combustível líquidos, talvez feche hoje. Está avançando", afirmou Tarcísio.

O governo pretende fechar diversos acordos coletivos, já que a crise dos caminhoneiros envolve diversos setores. Estão envolvidos na negociação os caminhoneiros, as transportadoras, que são empresas donas de caminhão que contratam motoristas e, também, alugam veículos, e os embarcadores, do setor da indústria e agronegócio, donos das cargas.

O ministro não participará das conversações desta quarta-feira. Caberá à secretaria executiva e secretaria de transportes terrestres conduzir as negociações. As reuniões continuarão nos próximos dias. "Não sei se as categorias restantes fecham amanhã. Amanhã os embarcadores vem pra mesa", disse Tarcísio.

A categoria ameaçou entrar de greve despois da publicação da resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que definia o piso mínimo do frete, mas não explicitava diversas outras exigências dos caminhoneiros, como a remuneração do autônomo, por exemplo. Bem como na primeira segunda após a publicação da tabela, em 22 de julho, o discurso do ministro segue sendo o de construir consensos.

Tarcísio Gomes ressaltou que não é hora para se apressar. "Eu quero fechar o quanto antes. Nós estamos há um ano, um ano e meio em crise. Negociar duas semanas um acordo que seja consistente está valendo. Agora a gente tem que ser muito preciso nas terminologias. No fim das contas, é um acordo entre privados. A gente tem que gerar confiança entre os dois lados. De quem contrata, de quem é contratado, de que aquilo vai ser cumprido. Criar essa confiança", disse.

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