Economia

Produção industrial recua 1% no segundo trimestre de 2019, diz IBGE

O resultado reforça que a indústria está com atividade econômica negativa e tem dificuldades para manter a recuperação

Hamilton Ferrari
postado em 01/08/2019 09:33
Produção industrialA produção industrial recuou 1% no segundo trimestre de 2019, em comparação com o primeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados na manhã desta quinta-feira (1;/8) mostram que o setor continua com comportamento negativo, já que também tombou 1,2% nos três primeiros meses.

O resultado reforça que a indústria está com atividade econômica negativa e tem dificuldades para manter a recuperação. Tanto é que em junho, último dado divulgado pelo instituto, recuou 0,6%, na comparação com maio. Com estes resultados, a produção acumulou queda de 1,6% no primeiro trimestre do ano. Já em 12 meses, a retração é de 0,8%.


Mensal

Na análise mensal de junho, 17 dos 26 ramos pesquisados registraram queda. As principais influências negativas foram registradas por produtos alimentícios (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), com todas apontando o segundo mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período, respectivamente, perdas de 2,3%, 8,7% e 5,3%, de acordo com o IBGE.

Por outro lado, o desempenho de maior importância foi registrado por indústrias extrativas, que avançaram 1,4%. Outros impactos positivos relevantes foram assinalados pelos setores de produtos de madeira (7,5%), de bebidas (1,5%) e de outros produtos químicos (0,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não-duráveis (-1,2%) mostrou a queda mais acentuada em junho de 2019 e o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período queda de 2,8%. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), de bens de capital (-0,4%) e de bens intermediários (-0,3%) também assinalaram taxas negativas.

Bens de consumo duráveis registrou o segundo mês seguido de queda, acumulando perda de 3,0%; bens de capital interrompeu quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 9,9%; e bens intermediários eliminou parte do ganho de 1,4% registrado em maio, quando interrompeu quatro meses consecutivos de recuo na produção, período em que acumulou queda de 4,3%.

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