Economia

Creditas compra startup de crédito Creditoo

Agência Estado
postado em 01/08/2019 07:15
A fintech brasileira Creditas dá hoje um novo passo para expandir seus serviços, ao anunciar a aquisição da Creditoo, startup que faz crédito consignado para funcionários de empresas privadas. A compra, de valor não revelado, permitirá à companhia expandir seus serviços. Hoje, ela realiza apenas empréstimos a partir de garantias, como imóveis e veículos. O novo produto faz parte do plano antecipado pela empresa ao receber o aporte de US$ 231 milhões, liderada pelo grupo japonês SoftBank e anunciado no início de julho. "Crédito consignado é um produto que queríamos oferecer há pelo menos três anos, mas precisávamos nos concentrar na nossa estratégia", diz Sergio Furio, presidente executivo da Creditas, ao Estado. "Agora, poderemos mesclar a plataforma deles com nossos dados e recursos de marketing." Segundo ele, a aquisição só foi possível por causa da afinidade da Creditas com a Creditoo, que foi fundada em 2016 e recebeu um investimento-anjo do próprio Furio, como pessoa física. "Sem afinidade cultural, uma operação dessas é muito difícil", diz. Com a nova oferta, a Creditas também poderá ampliar seu público, atendendo também quem busca valores menores de crédito. "Era muito difícil oferecer operações na casa de R$ 3 mil em um empréstimo com garantias", afirma Furio. "Agora, é possível." Hoje, o mercado de crédito consignado é bastante popular entre funcionários públicos, aposentados e pensionistas, mas avança pouco entre empresas privadas, uma vez que quem concede o crédito precisa ter parceria com o empregador para fazer a cobrança. A Creditoo tem cerca de mil empresas parceiras, que somam cerca de 100 mil funcionários, embora nem todos eles tenham captado empréstimos com a startup. A meta de Furio é multiplicar esse número por cerca de dez vezes ao longo do próximo ano. Nos próximos meses, o plano é dobrar o time da empresa, chegando a 120 pessoas. Já a Creditas, por sua vez, deve saltar de 500 funcionários para 1 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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