Economia

Mercado nervoso

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 06/08/2019 04:04
O agravamento da guerra comercial entre Estados Unidos e China no fim de semana agitou os mercados no mundo todo, ontem. No Brasil, o dólar deu um salto de 1,67% e terminou o dia cotado a R$ 3,956 para venda. ;Nesse ritmo, o dólar pode romper a barreira dos R$ 4 no final dessa semana;, disse Reginaldo Galhardo, gerente de Câmbio da Corretora Treviso. Na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o Ibovespa, índice que mede o desempenho das principais ações chegou a bater na mínima de 99.942 pontos, encerrando o pregão em queda de 2,51%, aos 100.028 pontos.

O conflito entre as duas maiores economias do mundo acirrou-se depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu, na sexta-feira, taxar em 10% um total de US$ 300 bilhões em importações de produtos chineses, a partir de 1; de setembro. Como a China retaliou e desvalorizou a sua moeda, o yuan, numa manobra para preservar a competitividade de suas exportações. A insegurança tomou conta dos investidores. A taxa de câmbio ultrapassou os 7 yuanes por dólar, a menor cotação em 11 anos.

No mercado brasileiro, somente na semana passada, o dólar registrou valorização de 3,17%. De acordo com Galhardo, além da queda de braço sino- americana, também foi determinante para a alta a decisão do Banco Central do Brasil de reduzir a taxa básica de juros (Selic) para 6% ao ano ; com possibilidade de cair para 5% até o final de 2019, segundo avaliação de analistas do mercado.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, teve um tombo de 2,90% e a bolsa tecnológica Nasdaq despencou 3,47%. As bolsas asiáticas também fecharam em forte queda: Tóquio caiu 1,74%, Xangai baixou 1,62% e Hong Kong recuou 2,85%. Na Europa, Frankfurt caiu 1,45% e Londres, 2,10%.

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