O sistema financeiro está mudando rapidamente e o cidadão precisa acompanhar. Sem educação financeira, sem entender o mecanismo do crédito, a tendência é de que o brasileiro caia na armadilha do endividamento. Para evitar esse círculo vicioso, o Banco Central criou vários projetos de incentivo à poupança e ao investimentos e está fazendo parcerias com os maiores bancos do país, contou Maurício Moura, diretor de relações institucionais do BC, em sua palestra Cidadania financeira, a importância da educação, durante o evento ;Correio Debate: Como fazer os juros caírem no Brasil?;.
;Esse é um grande desafio, em um pais de mais de 200 milhões de pessoas. Em qualquer medida, o BC tem que pensar em milhões de cidadãos;, destacou Moura. A primeira providência, disse, é superar a questão geográfica. ;Não estamos nos cinco mil municípios. E o cidadão tampouco toca o BC. Na verdade, o cidadão se toca com nossas políticas;, reforçou. Para chegar direto a esse consumidor, o BC precisa, disse ele, fazer parcerias efetivas que resolvam o problema da falta de capilaridade.
Entre as medidas, que fazem parte da agenda BC#, existem várias ações. Entre elas, Moura destacou a educação financeira das escolas, com potencial de chegar a 22 milhões de estudantes dos ensinos fundamental e médio. ;No ano que vem, começamos um projeto piloto, e em 2022, será ampliado para todas as escolas brasileiras. São ações em parceria com o sistema financeiro nacional que tem alcance e capilaridade e contato com o cliente. Estamos avançando nessas parecerias conjuntas e com previsão de atingir mais de 114 milhões de pessoas que estão no sistema financeiros;, contou./
Há também um projeto para os chamados superendividados, categoria que a autoridade monetária ainda não tem definiu a quantidade exata. ;Não temos o número porque não se tem ainda a definição do conceito de superendividados ou, por exemplo, quantos daqueles 63 milhões de endividados, estão no superendividamento;, disse. Há outros projetos, além desses, que envolvem pessoas de baixa renda, contou Moura. Entre eles, ressaltou um que já está em vigor, que é o cadastro positivo ; atualmente com mais de 70 milhões de pessoas. ;Buscamos a solução adequada para cada perfil econômico;. Ele falou, ainda, sobre a inauguração do primeiro museu econômico da América do Sul, criado pelo BC, que lpoderá ser acessado de qualquer lugar do mundo, por meio virtual,