Economia

Liberação de fundo aquecerá atividade

postado em 13/08/2019 04:05

A liberação de saques de contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) deve contribuir para que o Produto Interno Bruto (PIB) encerre o ano no mesmo patamar de crescimento de 2018, de 1%. Segundo estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, o impacto dos recursos na atividade econômica deve chegar a 0,26 ponto percentual até o fim do ano. Para 2020, o impacto esperado é de 0,59 ponto percentual. Isso se a injeção de R$ 42 bilhões prevista pelo Ministério da Economia com o desbloqueio de R$ 500 por conta, de setembro a março, for integralmente usada para o consumo.

As contas da IFI levaram em consideração a evolução da massa salarial e os dados de consumo do brasileiro. ;Não é possível saber quanto desses recursos vão virar consumo, na realidade. Nem sabemos se os brasileiros vão sacar o total que o governo está prevendo;, explicou o economista Alexandre Andrade, analista da IFI e responsável pelo levantamento.

Segundo o analista, a instituição fez várias simulações do montante estimado pelo governo para o saque usado para consumo, variando de 10% até 100% tanto em 2019 quanto em 2020. Na média, se 50% dos recursos forem destinados para o consumo, o impacto no PIB seria de 0,13 ponto percentual neste ano, e de 0,30 ponto percentual no próximo.

De acordo com Andrade, boa parte desses recursos deve ser destinada ao pagamento de dívidas, mas esse impacto da redução do endividamento das famílias não entrou nos cálculos da IFI. ;Os saques vão começar a partir de setembro e, pelo cronograma, o maior volume deve ocorrer no ano que vem, o efeito do impacto estimado para consumo é de 12 meses até setembro de 2020;, disse.

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