Economia

Cepal lança relatório anual de investimentos estrangeiros

O Correio Braziliense esteve presente no lançamento através de uma videoconferência

Gabriel Pinheiro*
postado em 14/08/2019 15:27
O Correio Braziliense esteve presente no lançamento através de uma videoconferência A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) lançou o seu relatório anual de investimentos estrangeiro diretos na América Latina e no Caribe de 2019, na sede da Comissão Regional da ONU em Santiago, Chile. O Correio esteve presente por videoconferência nesse lançamento. O relatório mostrou que o investimento estrangeiro direto na América Latina e no Caribe aumentou 13,2% em 2018, revertendo a tendência de queda dos últimos 5 anos.

[SAIBAMAIS] Em comparação com 2017, o valor totalizado foi de 184,3 bilhões de dólares, embora o número alcançado no ano passado ainda esteja abaixo dos valores registrados durante o ciclo do aumento do preço das matérias-primas. A maior parte do crescimento do investimento estrangeiro direto é explicada pelos maiores investimentos que foram no Brasil (88,3 bilhões de dólares, 48% do total) e no México (36,9 bilhões de dólares, 20% do total). Porém o estudo mostra uma grande heterogeneidade nos resultados nacionais, em 15 países houve uma diminuição do valor de investimento e em 16 houve um aumento.

A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena afirmou: ;Em um contexto internacional de redução dos fluxos de investimento estrangeiro direto e de forte concorrência pelos investimentos, as políticas nacionais não deverão orientar-se para recuperar os valores registrados no início da década, mas sim atrair cada vez mais investimento que contribua para formar capital de conhecimento e avançar para padrões de produção, energia e consumo sustentáveis;,.

47% das entradas desses investimentos em 2018 direcionaram-se para a indústria manufatureira, 35% para serviços e 17% para recursos naturais. Por outro lado, as fusões de grandes empresas e aquisições transfronteiriças concentraram-se no Chile e no Brasil, nos setores de mineração, petróleo e serviços básicos (eletricidade e água). A maior parte do capital que entrou na região veio da Europa e dos Estados Unidos. A China, por sua vez, perdeu participação em fusões e aquisições na América Latina e no Caribe no último ano.

Entre janeiro e junho de 2018 o Banco Central registrou a entrada de 33,814 milhões de dólares, e no mesmo período de 2019 foram registrados 37,338 milhões de dólares. Um aumento de cerca de 10% do investimento feito no Brasil em um ano. Vale lembrar que esses valores estão sendo poluídos no ano de 2018 e de 2019 por causa da importação de plataformas.

Em entrevista para o Correio, o diretor do escritório no Brasil da Comissão Econômica para a América, Carlos Mussi, explicou: ;Um dos temas que a comissão sempre reafirma é que esses investimentos sejam direcionados para apoiar efetivamente o desenvolvimento do país, claro que gostaríamos que tivessem mais investimentos em ciência, tecnologia e inovação porém a ideia é sempre criar vínculos profundos com a economia local. No Brasil a maior parte do investimento entra para a área de manufatura, indústria e recursos naturais. São esses os setores que absorvem o investimento direto.;

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