postado em 15/08/2019 04:05
O investimento estrangeiro direto na América Latina e no Caribe cresceu 13,2% no ano passado, revertendo a tendência de queda dos últimos cinco anos, segundo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). O Brasil foi responsável por grande parte desse aumento. Dos US$ 184,3 bilhões aplicados na região, 48% vieram para o país, ou seja, US$ 88,3 bilhões. Os investimentos no México alcançaram US$ 36,9 bilhões, 20% do total.
De acordo com o documento, apresentado ontem pela secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, a participação estrangeira diminuiu em 15 países e cresceu em 16. Quarenta e sete por cento desses investimentos foram para a indústria manufatureira, 35% para serviços e 17% para recursos naturais. Chile e Brasil lideram os recursos que chegaram em fusões e aquisições transfronteiriças, nos setores de mineração, petróleo e serviços básicos (eletricidade e água).
A maior parte do capital que entrou na região veio da Europa e dos Estados Unidos. A China, por sua vez, perdeu participação em fusões e aquisições na América Latina e no Caribe no último ano.
O diretor do órgão no Brasil, Carlos Mussi, explicou que a Cepal defende que os investimentos sejam direcionados a apoiar efetivamente o desenvolvimento do país. ;No Brasil a maior parte do investimento entra para a área de manufatura, indústria e recursos naturais. São esses os setores que absorvem o investimento direto.;
* Estagiário sob supervisão de Rozane Oliveira