Hamilton Ferrari
postado em 15/08/2019 09:44
O desemprego caiu no segundo trimestre do ano, em comparação com os três meses anteriores, passando de uma taxa de desocupação de 12,7% para de 12%. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (15/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice corresponde a 12,76 milhões de desempregados. Do total, mais de um quarto (26,2%) dos desempregados procuram trabalho há no mínimo dois anos, o que equivale a 3,347 milhões de pessoas nessa condição.
Em um ano, houve acréscimo de 196 mil pessoas que estão à procura de emprego há dois anos ou mais, de acordo com o instituto de pesquisa. Nos três primeiros meses do ano, havia 13,38 milhões de desempregados.
As maiores taxas de desocupação do segundo trimestre são observadas na Bahia (17,3%), no Amapá (16,9%) e em Pernambuco (16,0%). As menores, por sua vez, ocorreram em Santa Catarina (6,0%), em Rondônia (6,7%) e no Rio Grande do Sul (8,2%).
[SAIBAMAIS]Apesar da queda no desemprego, as taxas caíram em apenas 10 das 27 unidades da federação. As maiores variações ocorreram no Acre, com queda de 4,4 pontos percentuais, seguido de Amapá (-3,3 p.p) e Rondônia (-2,2 p.p). No Distrito Federal, houve a segunda maior alta, de 1,5 ponto percentual, ficando atrás apenas de Roraima, que avançou 3,7 pontos percentuais.
O IBGE também calculou a taxa composta pela subutilização da força de trabalho. No segundo trimestre de 2019, o índice atingiu 24,8%, englobando desempregados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada.
O grande número de pessoas que estão desempregadas há, no mínimo, dois anos contribui para o aumento do desalento. Na prática, as pessoas desistem de procurar vaga no mercado de trabalho porque acreditam que não vão encontrar. No segundo trimestre, a quantidade de brasileiros nesta situação chegou a 4,9 milhões. Os maiores contingentes foi registrado na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil).
O percentual de pessoas desalentadas foi de 4,4%, o que corresponde ao recorde da série histórica, iniciada em 2012.