postado em 16/08/2019 04:05
Apesar de não ter ficado com todos os slots da Avianca em Congonhas, Alex Malfitani, vice-presidente financeiro da Azul, diz estar feliz com o início das operações na ponte aérea. A companhia terá 17 voos diários de São Paulo ao Rio, para o Santos Dumont, e 17 voos diários desse aeroporto ao da capital paulista.
O voo inaugural na ponte aérea partirá no dia 19, às 6h15 ; portanto, o primeiro dia útil depois de o Tribunal de Justiça de São Paulo decidir se vai decretar a falência da Avianca. A ponte aérea é o trecho mais rentável do país e a quarta rota doméstica com maior número de frequências do mundo.
A Azul quer chegar de forma agressiva à ponte aérea, por isso está oferecendo cada trecho a partir de R$ 99. Malfitani não garante que esse valor siga por muito tempo. Na aviação, a política de tarifas está atrelada à oferta e procura por passagens. ;O mercado determina o preço da tarifa. Uma passagem promocional é um jeito de trazer atenção para novo serviço. Anunciar um voo com passagem barata é um jeito eficiente de fazer isso;, explica.
Apesar de a promoção servir para divulgar a novidade, o executivo afirma que a chegada da empresa trará benefícios: ;O consumidor vai pagar muito menos com a Azul na ponte aérea do que fora. Corto o meu braço se isso não acontecer;.
Mesmo tendo de dividir os slots da Avianca com outros concorrentes, o executivo diz que o resultado foi satisfatório. ;Recebemos mais do que um terço dos slots disponíveis. A gente gosta de concorrência. Minha briga nem é com Gol e Latam, porque temos malhas diferentes. A decisão da Anac foi boa, porque é muito melhor que os slots sigam para a MAP e Passaredo do que para Latam e Gol.
Para oferecer os horários na ponte aérea, a Azul precisou reduzir a oferta de voos para Curitiba e Porto Alegre. O número de voos só deve voltar a ser igual se a companhia aérea conseguir mais slots em Congonhas. A empresa foi se preparando à medida que percebeu aumentarem as chances de herdar slots em Congonhas. Segundo o executivo, não é uma operação complexa e pode ser feita com ;meia dúzia de aeronaves;.
Além dos cerca de 100 destinos que opera atualmente e o desafio da ponte aérea, a Azul tem planos para ampliar sua cobertura para mais 20 cidades.