Economia

Mais 43,8 mil vagas formais

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 24/08/2019 04:05
Setor de construção civil criou 18.721 postos de trabalho

O emprego com carteira assinada em julho cresceu 0,11%, em relação ao mês anterior, com saldo positivo de 43.820 vagas. O aumento é resultado de 1.331.189 admissões e de 1.287.369 desligamentos. Embora esse seja o quarto mês consecutivo de aumento, o número ainda é menor que o registrado em julho de 2018, quando a quantidade de oportunidades para os trabalhadores chegou a 47.319, de acordo com dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. No acumulado do ano, houve abertura de 461.411 postos formais de trabalho, incremento de 1,2% em relação a 2018 (448.263). E, em 12 meses, de 521.547 postos, aumento de 1,36% no confronto com 2018 (286.121 vagas).

;Consideramos que o mercado de trabalho tem apresentado sinais de recuperação gradual, em consonância com o desempenho da economia. O governo vem adotando medidas de impacto estrutural e esperamos reflexos positivos no mercado de trabalho, na medida do aprofundamento das reformas;, disse Bruno Dalcolmo, secretário de Trabalho do Ministério da Economia. Na análise do economista Cesar Bergo, sócio-consultor da Corretora OpenInvest, a tendência é mesmo de uma morna recuperação do emprego nos próximos meses.

;Os números ainda estão muito ruins, mas, com a aprovação das reformas e também pelo efeito das medidas de liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), talvez ainda consigamos incentivar a abertura de vagas, principalmente no setor de construção civil, e salvar um percentual mínimo de crescimento econômico, se o cenário externo ajudar. O fato de o desemprego não ter aumentado já é uma grande coisa;, destacou. Em 2020, o emprego deve melhorar, reforçou Bergo. ;Por enquanto, estamos em um ambiente complicado de desconfiança da população;, afirmou.

Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho: construção civil, serviços, indústria de transformação, comércio, agropecuária, extrativa mineral e serviços industriais de utilidade pública. Apenas administração pública teve perda de postos. A construção civil abriu 18.721 novos postos de trabalho. Por regiões, o maior saldo foi no Sudeste, com 23.851 vagas com carteira assinada; e o pior, no Sul, com 356 postos. Dos 27 estados, 20 encerraram o mês com alta no emprego. São Paulo encabeça a lista, com criação de 20.204 vagas.

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