Economia

Novo round entre EUA e China

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 24/08/2019 04:05

China e Estados Unidos travaram, ontem, uma nova batalha na guerra comercial. Depois do anúncio de que o governo asiático tem a intenção de impor tarifas sobre US$ 75 bilhões em bens importados dos norte-americanos, o presidente dos EUA, Donald Trump, não demorou a responder. Pelo Twitter, prometeu ;responder às tarifas da China; e ordenou que, ;a partir de agora, nossas grandes empresas americanas comecem a buscar imediatamente alternativas à China;.

Um pouco mais tarde, Trump informou que elevaria de 25% para 30% a taxação sobre R$ 250 bilhões em produtos chineses a partir de 1; de outubro. Já as tarifas sobre R$ 300 bilhões de mercadorias, que entram em vigor a partir de 1; de setembro, passaram de 10% para 15%. A taxação anunciada pela China foi uma resposta anunciada anteriormente pelos Estados Unidos. Segundo as autoridades asiáticas, as tarifas adicionais devem ficar entre 5% e 10% sobre 5.078 produtos norte-americanos, em duas fases ; 1; de setembro e 15 de dezembro.

Pequim também anunciou que vai impor uma taxa de 25% aos carros dos Estados Unidos e 5%, em partes soltas, a partir de 15 de dezembro. Nos meses anteriores, a potência asiática tinha suspendido medidas punitivas contra os dois tipos de mercadorias como um gesto de boa-fé, aguardando resultados em negociações comerciais em andamento.

A escalada da guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo se soma aos crescentes temores de uma possível recessão nos Estados Unidos, com tarifas pesando no comércio global e no crescimento de ambos os países.

O aumento das tarifas de Washington ;levou a uma contínua escalada de fricções econômicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos, violando o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado na Argentina e em Osaka;, afirmou o comunicado oficial da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado chinês.

Autoridades americanas disseram que as negociações comerciais com a China continuarão em reuniões presenciais no mês que vem. Já o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, disse, na quinta-feira, que não foi informado quando a próxima rodada começaria.


  • Ferramentas

    Enquanto a luta comercial entre os Estados Unidos e a China se intensifica, com o anúncio de medidas de retaliação, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, disse que o Fed não tem um manual para responder às incertezas causadas por essas tensões. ;Estamos examinando as ferramentas de política monetária usadas nos momentos de calma e crise e nos perguntamos se deveríamos expandir nosso kit de ferramentas;, disse. Depois de afirmar que o Fed vai agir para garantir que a expansão econômica do país seja sustentada, Powell foi duramente criticado por Trump. ;Minha única pergunta é quem é nosso maior inimigo, Jay Powell, ou o presidente Xi?;, indagou o presidente americano.

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