Agência Estado
postado em 29/08/2019 09:59
O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira, 29, com leve alta, mas inverteu para baixo e renovou mínimas em meio à divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre acima da mediana esperada tanto na margem como na comparação anual. O mercado digere ainda a deflação do IGP-P em agosto e aguarda os dados do Governo Central.
Agora, os investidores avaliam o resultado do PIB dos Estados Unidos, que mostrou crescimento à taxa anualizada de 2,0% no 2º trimestre (2ª estimativa), em linha com a previsão (+2,0%).
No Brasil, o PIB divulgado registrou alta de 0,40% no segundo trimestre de 2019 ante o primeiro trimestre, acima da mediana (+0,20%) e dentro do intervalo esperado pelos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de uma queda de 0,20% até uma elevação de 0,50%.
Na comparação com o segundo trimestre de 2018, o PIB apresentou alta de 1,0% no segundo trimestre de 2019, vindo igualmente acima da mediana das projeções (+0,80%) e dentro do intervalo das estimativas, que variavam de uma alta de 0,30% a 1,20%. Em valor, somou R$ R$ 1,780 trilhão no período de abril a junho.
Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve queda de 0,67% em agosto, revertendo a alta de 0,40% registrada em julho. O resultado ficou praticamente em linha com a mediana de recuo de 0,66% da pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de -1,0% a -0,38%.
Em 12 meses, o IGP-M acumulou alta de 4,95%, de 6,39% até julho. Essa taxa também ficou bem similar à mediana de 4,96% (intervalo de 4,59% a 5,52%). No ano, o indicador avança 4,09% (ante 4,79% até julho).
O ajuste de baixa do dólar se alinha ainda ao desempenho negativo ante a maioria das moedas emergentes, após o Ministério de Comércio da China informar mais cedo que Pequim e Washington continuam "em comunicação efetiva" e que ambos os lados estão discutindo se seguirão adiante com negociações marcadas para setembro. Segundo o porta-voz do ministério, Gao Feng, os EUA precisam criar as condições necessárias para que as conversas bilaterais sejam retomadas.
Às 9h36 desta quinta, o dólar à vista caía 0,08%, aos R$ 4,15450. O dólar futuro de setembro recuava 0,35%, aos R$ 4,1550.