Economia

Bolsa volta aos 100 mil

postado em 30/08/2019 04:05

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) repercutiu o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado e o Ibovespa voltou ao patamar dos 100 mil pontos. O número positivo no crescimento da economia, descartando uma recessão técnica, animou investidores, e elevou o índice para 2,37% aos 100.524 pontos. Embora o mercado interno tenha sido preponderante, a retórica mais amena da China em relação à guerra comercial com os Estados Unidos contribuiu para o resultado no Brasil e no mundo.

O economista da BlueMetrix Ativos, Renan Silva, explicou que as notícias positivas reduziram o efeito negativo do pedido da Argentina para renegociar prazos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). ;Hoje tivemos um mercado bastante otimista principalmente na parte da tarde, o que demonstrou que os reflexos da crise argentina foram diluídos;, disse.

Não foi o que ocorreu no mercado de câmbio, em que o dólar teve dia de bastante volatilidade. Apesar de ter apresentado variações negativas ao longo da sessão, renovou o maior patamar do ano, fechando a R$ R$ 4,17, o maior nível desde 13 de setembro de 2018, de R$ 4,19. ;O investidor internacional ainda não está confortável em investir em países emergentes;, afirmou Daniel Linger, estrategista-chefe da RB Investimentos.

Na opinião dele, pesa na decisão dos investidores em aplicar recursos em economias emergentes a indefinição sobre a guerra comercial entre as duas principais potenciais mundiais e casos como o da Argentina, que demonstram fragilidade desses mercados. Isso, segundo o especialista, está provocando a saída de capitais de investimentos estrangeiros. ;É uma proteção ao risco de países emergentes;, explicou.

Em novo episódio da guerra comercial, o Ministério do Comércio da China disse que Pequim e Washington continuam em comunicação efetiva e que ambos ainda discutem se seguirão adiante com as negociações em setembro. Também foi divulgado hoje o PIB dos Estados Unidos, que registrou crescimento da taxa anualizada de 2% no segundo semestre de 2019, o resultado mostra ligeira desaceleração.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira

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