Economia

Taxa volta a cair, mas desemprego ainda atinge 12,6 milhões de brasileiros

Dados, conforme IBGE, teve leve melhora em relação ao trimestre anterior, mas, vagas criadas são na maioria informais. Número de trabalhadores por conta própria é o maior desde 2012

Catarina Loiola*
postado em 30/08/2019 09:06
Cai taxa de desemprego no Brasil, segundo o IBGE

A taxa de desemprego no país teve uma leve redução no trimestre encerrado em julho de 2019, passando de 12,5% da população economicamente ativa (PEA) entre fevereiro e abril para 11,8%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (30/8). Na comparação com o mesmo intervalo de 2018, quando esse indicador foi de 12,3%, a queda foi de 0,5 ponto percentual.

O total de desempregados foi de 12,6 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, o que representa uma queda de 4,6% em relação ao trimestre anterior (fevereiro, março e abril). Número de trabalhadores por conta própria atingiu 24,2 milhões, recorde da série histórica, iniciada em 2012.

De acordo com os dados do IBGE, a leve melhora no emprego é resultado, principalmente, do trabalho informal. Como uma das perguntas da pesquisa costuma questionar aos cidadãos se estão ou não procurando emprego, muitas vezes, quem arruma um bico acaba não procurando emprego naquele período do levantamento. Não à toa, a população subutilizada continua elevada. Somou 28,1 milhões, sem alteração significativa em comparação ao trimestre anterior, mas subiu 2,6% comparado ao mesmo período de 2018.

Os dados de desalentados não mostraram variação significativa. Contabilizou 4,8 milhões. As pessoas fora da força de trabalho chegaram a 64,8 milhões, número semelhante a períodos anteriores.

A população ocupada atingiu 93,6 milhões de pessoas, maior que o primeiro trimestre e o mesmo período de 2018. O número de empregados sem carteira assinada atingiu 11,7 milhões de pessoas, com crescimento de 3,9% em relação ao trimestre anterior e 5,6% ao mesmo trimestre de 2018. Apesar disso o número de empregados no setor privado com carteira assinada permanece estável, registrando 33,1 milhões de pessoas.
* Estagiária sob a supervisão de Rosana Hessel

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação