postado em 31/08/2019 04:04
A dívida bruta geral do setor público, que contabiliza passivos dos governos federal, estaduais, municipais e do INSS, subiu em julho, passando de R$ 5,540 trilhões, o equivalente a 79% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor é 0,3 ponto percentual superior ao registrado em junho, quando o endividamento estava em R$ 5,498 bilhões e representava 78,77% do PIB, de acordo com dados do Banco Central (BC).
Contribuíram para essa evolução, segundo a autoridade monetária, a incorporação de juros nominais (alta de 0,5 ponto percentual), as emissões líquidas de dívida do governo geral (aumento de 0,2 ponto percentual), ajuste nas contas em consequência da valorização cambial (redução de 0,1 ponto percentual) e crescimento do PIB nominal (redução de 0,3 ponto percentual).
De acordo com Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, apesar da elevação da dívida bruta, o resultado é bom. ;Não há qualquer sinalização de irresponsabilidade fiscal. O governo está se esforçando e cumprindo o que prometeu;, destacou. No ano, foi registrado crescimento de 1,8 ponto percentual na relação entre a dívida bruta e o PIB.
O deficit primário (economia para pagar os juros) do setor público consolidado (governo central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) melhorou em julho ao ficar em R$ R$ 2,763 bilhões, menor do que o de junho e o melhor resultado para o mês desde 2013. Nos sete primeiros meses do ano, as contas do setor público acumularam um deficit primário de R$ 8,503 bilhões, o equivalente a 0,21% do PIB, informou o Banco Central.
;Se trata também de um deficit primário interessante, 10% abaixo das expectativas do mercado. Esse resultado é normal e a tendência é melhorar daqui em diante, com a venda das reservas. Elas têm um custo muito alto;, reforçou Vieira. (VB)