Agência Estado
postado em 02/09/2019 10:06
O dólar inicia o mês de setembro com alta nos mercados à vista e futuro, alinhado à tendência de apreciação da moeda americana ante divisas emergentes. O feriado nos Estados Unidos (Dia do Trabalho) deve reduzir a liquidez dos negócios, mas as atenções seguem concentradas em notícias sobre as relações comerciais do país com a China.
A guerra comercial entre os dois gigantes já começa a gerar reflexos nas economias dos vizinhos da China. A Coreia do Sul disse no domingo (dia 1º) que as suas exportações para a China caíram 21,3% em agosto na comparação anual, puxando um declínio geral de 13,6% nas suas exportações. E o Japão disse nesta segunda-feira, 2, que os gastos de capital pelos fabricantes do país caíram 6,9% no trimestre de abril a junho, o primeiro declínio em dois anos, à medida que companhias buscavam lidar com um declínio de quase dois dígitos nas exportações para a China.
Às 9h51, o dólar à vista era negociado a R$ 4,1575, em alta de 0,36%. No mercado futuro, a divisa para outubro era cotada a R$ 4,1640, com ganho de 0,40%. Nesta segunda o Banco Central realiza leilões de venda à vista de dólares, venda de contratos de swap cambial reverso e venda de swap cambial tradicional. As operações são para rolagem dos contratos de swap de novembro ou troca de da posição por moeda à vista. O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas de países emergentes, tinha alta de 0,18%.
Por aqui, um dos destaques da manhã fica com o Boletim Focus, que mostrou aceleração nas projeções dos analistas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 - de 0,80% para 0,87% - depois que o indicador mostrou desempenho acima da mediana das projeções no segundo trimestre (0,04%). Ainda de acordo com o Focus, a projeção para a taxa Selic deste ano permaneceu em 5,00%. No cenário político, o destaque fica com a pesquisa Datafolha que detectou piora na avaliação do governo Jair Bolsonaro, dias após as polêmicas envolvendo as queimadas na Amazônia e as trocas de farpas com o presidente da França, Emmanuel Macron.