Economia

Queixa da China contra os EUA na OMC aumenta medo de recessão mundial

A disputa comercial entre China e os Estados Unidos já dura mais de um ano e resultou na imposição recíproca de tarifas alfandegárias sobre mais de US$ 360 bilhões em comércio anual

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 03/09/2019 06:00
A disputa comercial entre China e os Estados Unidos já dura mais de um ano e resultou na imposição recíproca de tarifas alfandegárias sobre mais de US$ 360 bilhões em comércio anualA China apresentou nesta segunda-feira (2/9) à Organização Mundial do Comércio (OMC) queixa formal contra a decisão dos Estados Unidos de impor novas tarifas de importação sobre produtos chineses, em mais um capítulo da guerra comercial travada entre os dois países. As restrições entraram em vigor no último domingo e atingem um montante em importações anuais calculado em bilhões de dólares.

;Essas tarifas dos Estados Unidos violam seriamente o consenso alcançado pelos chefes de Estado de nossos dois países em Osaka; (Japão), no final de junho, durante a cúpula do G20, afirma comunicado publicado no site do Ministério do Comércio do país asiático. ;A China está muito insatisfeita e se opõe resolutamente. De acordo com as regras da OMC, protegerá firmemente seus legítimos direitos e interesses;, acrescenta o texto.

A disputa comercial entre China e os Estados Unidos já dura mais de um ano e resultou na imposição recíproca de tarifas alfandegárias sobre mais de US$ 360 bilhões em comércio anual. Na última cúpula do G20, o presidente norte-americano, Donald Trump, e o chinês, Xi Jinping, concordaram em reativar negociações, visando resolver o impasse. Mas a trégua não durou muito.

Em 1; de agosto, Trump anunciou tarifa suplementar de 10% sobre mercadorias que representam US$ 300 bilhões em importações chinesas, a partir de 1; de setembro. Em 23 de agosto, Pequim respondeu com represálias alfandegárias contra US$ 75 bilhões de bens norte-americanos. No domingo, Washington decidiu aumentar as tarifas suplementares anunciadas em 1; de agosto para 15%.

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