Economia

Bolsa sobe e dólar cai

postado em 05/09/2019 04:05

Após fechar abaixo dos 100 mil pontos na sessão anterior, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), teve alta expressiva com cenário externo favorável e o mercado doméstico repercutindo a aprovação do parecer da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ). O índice avançou 1,52% fechando a 101.200 pontos, enquanto o dólar, depois de alcançar máxima em 12 meses, teve recuo de 1,79% a R$ 4,105. É a maior queda diária desde abril.

O analista da Austin Rating, Alex Agostini, definiu a sessão como um alívio global de tensões. ;Os primeiros impactos positivos vieram dos dados da China. Com resultado melhor que o esperado, reduziu a preocupação dos investidores com a guerra comercial. Em paralelo, alguns diretores e presidente do Fed (banco central dos EUA) discursaram em cima do Livro Bege, que também mostrou crescimento, sinalizando que pode haver mais corte de juros;, disse.

Ele acrescenta: ;No cenário interno tivemos dois eventos, primeiro a aprovação da reforma na comissão Senado, que tem boas perspectivas no plenário. A aprovação da cessão onerosa surtiu efeitos positivos também. É um momento delicado no ponto de vista fiscal de estados e municípios, dando fôlego sobre esse ambiente fragilizado.;

O dia foi de bastante entusiasmo, principalmente por motivos externos, que resultaram na alta das bolsas do mundo todo;, afirmou o economista-chefe da Necton, André Perfeito. Repercutiu no mercado financeiro a suspensão da Lei de Extradição em Hong Kong que aliviou os protestos, enquanto no Reino Unido o parlamento aprovou a lei que proíbe o Brexit sem um acordo.

A derrota do primeiro-ministro, Boris Johnson, deixa em xeque a antecipação de uma nova eleição, assim que assumiu o cargo no início do mês passado, ele declarou que a saída da União Europeia aconteceria no prazo de até 31 de outubro com ou sem acordo. Com a decisão o primeiro-ministro já colocou moção para convocar eleições gerais.

Dados positivos

Nos Estados Unidos, ecoaram falas dos diretores do Federal Reserve de Dallas, Nova York e Chicago. Também foi divulgado o Livro Bege, que constatou um leve crescimento da economia norte-americana nos últimos meses. A China também apresentou dados positivos, o Índice Gerente de Compras (PMI, sigla em inglês), registou avanço de 52,1 pontos do setor de serviços em agosto, ante 51,6 pontos em julho. O indicador de serviços da Alemanha teve leve aumento, de 54,4 para 54,8.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira

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