postado em 05/09/2019 04:05
O setor de previdência complementar ainda conta com a possível inclusão do sistema de capitalização na reforma da Previdência, que tramita no Senado. Proposta pela equipe econômica do governo, o sistema que prevê poupança privadas e individuais para a aposentadoria foi rejeitado pela Câmara dos Deputados. O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprev), Jorge Nasser, disse que o setor vai apresentar uma proposta de uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como forma de capitalização para a aposentadoria.;Estamos em um momento- chave, que é a aprovação da reforma paramétrica, do modelo atual da Previdência, e que avança de forma positiva. Temos certeza de que chegaremos a um bom termo e o país vai, de fato, lidar com essa questão rapidamente, depois da discussão da ligada à reforma paramétrica, que são mudanças para a mudanças pontuais, como idade de aposentadoria, tipo de aposentadoria, contribuições e benefícios do modelo atual;, disse.
Na avaliação de Nasser, houve um grande aumento da sensibilidade das pessoas durante a tramitação da reforma na Câmara. ;Nosso desafio é a comunicação e a educação financeira, pois ainda tem gente achando que vai receber 20 salários mínimos na aposentadoria, mas, quem acompanha as discussões, chega à conclusão de que o governo não vai operar milagres. Então, vai ter que fazer poupança;, disse.
Mudanças
Ele acredita que uma das mudanças na cultura financeira é que os brasileiros estão aprendendo a separar investimentos de curto, médio e longo prazos. ;Comparar rentabilidade de curto prazo, principalmente agora, com a redução dos juros, é um desserviço. A boa discussão é a de médio e longo prazo. Previdência é de longo prazo;. Segundo ele, a proposta da Fipe, encomendada pela Fenaprev para ser apresentada aos parlamentares, prevê quatro pilares: renda básica universal; modelo de repartição, como o atual; um sistema de capitalização e previdência complementar. (CN e CL)