Economia

Bolsas da Europa fecham na maioria em alta; Londres cai com libra forte

Agência Estado
postado em 05/09/2019 14:40
Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta quinta-feira majoritariamente em alta, com o apetite por risco renovado diante dos sinais de que Estados Unidos e China devem abrir nova rodada de negociações em outubro. Ajudou no tom positivo entre investidores a recondução de Giuseppe Conte ao cargo de premiê da Itália e também dados americanos. A exceção nas altas se deu na bolsa de Londres, que apresentou recuo frente a libra forte ante o dólar, reagindo à diminuição dos riscos de um Brexit sem acordo. Com isso, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia em alta de 0,65%, aos pontos 385,60 pontos. O bom humor voltou à tona com força nos mercados internacionais, com os sinais de que representantes dos EUA e da China devem se encontrar no próximo mês, para negociações comerciais. A reaproximação vem quatro dias depois de entrar em vigor a mais recente leva de tarifas americanas às importações do país asiático. Além disso, sinais melhores do que o esperado da economia dos EUA ajudaram. Com o apetite por risco renovado, o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou em alta de 0,85%, aos 12.126,78 pontos. Só o Deutsche Bank se fortaleceu 4,79%. Colaborou para o clima positivo entre investidores a recondução de Conte ao cargo de primeiro-ministro da Itália, após uma aliança entre o Movimento 5 Estrelas (M5S) e o Partido Democrático (PD), afastando as possibilidades da ascensão de um governante ultraeurocético. O índice FTSE MIB, da bolsa de Milão, fechou em alta de 1,00%, aos 21.955,07 pontos, a máxima do dia, com o setor bancário igualmente fortalecido: os papéis do UniCredit subiram 3,48% e os do Intesa Sanpaolo, 1,41%. Não seguiu o clima de euforia, contudo, a bolsa de Londres, cujo índice FTSE caiu 0,55%, aos 7.271,17 pontos. A baixa ocorreu diante da libra forte ante o dólar, o que prejudica as empresas britânicas voltadas para a exportação. A principal razão da alta da moeda é o afastamento das possibilidades de um Brexit sem acordo, após sucessivas derrotas do primeiro-ministro Boris Johnson no Parlamento. "Uma eleição no Reino Unido agora parece inevitável - a única questão agora é quando", diz o ING, em relatório divulgado a clientes. Nesse contexto, as ações do BHP Group caíram 3,09%. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 fechou em alta de 1,11%, em 5.593,37 pontos, com avanço de 6,22% nos papéis da franco-italiana fabricante de microchips STMicroelectronics. A empresa costuma responder ao desenrolar da guerra comercial, que afeta muito o setor tecnológico. O índice Ibex 35, da bolsa de Madri, subiu 1,54%, aos 8.992,70 pontos, enquanto o PSI 20, da bolsa de Lisboa, avançou 0,80%, aos 4.970,64 pontos.

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