Jornal Correio Braziliense

Economia

Inflação desacelera em agosto puxada por queda nos alimentos

IPCA divulgado pelo IBGE diz que os setores alimentação (-0,35%) e transportes (-0,39%) tiveram as principais quedas

A inflação ficou em apenas 0,11% em agosto, 0,08 ponto percentual abaixo da taxa de julho, quando foi de 0,19%. No acumulado do ano, carestia é de 2,54%, divulgou nesta sexta-feira (6/9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses, em 3,43%, acima dos 3,22% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2018, a taxa havia sido de -0,09%.

De julho para agosto, houve deflação em três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. As variações negativas mais intensas vieram dos grupos alimentação e bebidas (-0,35%) e transportes (-0,39%), que contribuíram com -0,09 ponto percentual (p.p.) e -0,07 p.p., respectivamente.

O recuo foi puxado, sobretudo, no segmento de alimentação no domicílio (-0,84%) com contribuição mais negativa do tomate, com queda de 24,49% e 0,08 p.p. de impacto. Os preços do tomate já haviam recuado 11,28% em julho. Além disso, a batata-inglesa (-9,11%), as hortaliças e verduras (-6,53%) e as carnes (-0,75%) também recuaram em agosto. No lado das altas, os destaques foram as frutas (2,14%) e a cebola (7,05%).

A alimentação fora de casa, por sua vez, acelerou de julho (0,15%) para agosto (0,53%), influenciada pelas altas na refeição (0,52%) e no lanche (0,47%), item cujos preços haviam recuado no mês anterior (-0,34%).

Passagens aéreas recuam

Nos transportes (-0,39%), o impacto negativo mais intenso (-0,08 p.p.) veio das passagens aéreas, que caíram 15,66%, após as altas de 18,90% e 18,63% em junho e julho, respectivamente. Quanto aos combustíveis (0,01%), a gasolina (-0,45%) e o óleo diesel (-0,76%) recuaram menos do que o mês anterior (-2,80% e -1,76%, respectivamente). Já o etanol, cujos preços haviam recuado 3,13% em julho, subiu 2,30% em agosto.

Nas elevações, destaca-se o grupo habitação (1,19%), principal impacto no IPCA de agosto (0,19 p.p.), cuja variação ficou próxima à de julho (1,20%). Os demais grupos ficaram entre as altas de 0,09% em comunicação e de 0,56% em artigos de residência.

Brasília

Em Brasília, o peso regional da inflação é de 2,80% e o IPCA ficou em 0,08% em agosto, acima da variação de 0,22% em julho. No ano, a carestia da capital federal acumula 1,97% e, em 12 meses, 3,36%.