Agência Estado
postado em 09/09/2019 16:51
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), sinalizou nesta segunda-feira, 9, que o presidente da República, Jair Bolsonaro, falha ao liderar sua base no Congresso Nacional para agilizar as reformas estruturais necessárias. Ele afirmou que há lentidão no andamento da reforma da Previdência e disse que isso seria resultado de uma falta de liderança.
Questionado sobre quem deveria assumir essa liderança, se limitou a dizer: "No meu Estado quem faz isso é o governador."
Segundo ele, o chefe do Executivo precisa ter o controle de suas bases para direcionar o Congresso na aprovação de pautas que interessem ao governo.
"Para governar é preciso liderar também o Congresso Nacional. Por um acaso os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, estão fazendo esse trabalho, mas o governo precisa ter uma articulação melhor", disse Witzel.
Cessão onerosa
O governador do Rio afirmou também que, com os recursos do leilão da cessão onerosa, o governo do Estado terá condições de fechar o ano no azul. Em 2020, no entanto, sem essa receita extraordinária, o Estado voltaria a ter um déficit, de cerca de R$ 10 bilhões.
Segundo Witzel, mesmo sem a cessão onerosa, o governo do Rio teria condições de entregar 2019 "no zero a zero", sem déficit, mas sem um superávit das contas.
O Rio terá direito a R$ 2,5 bilhões do total arrecadado pela União no leilão dos poços de petróleo destravados pelo acordo da cessão onerosa com a Petrobras.