Anna Russi
postado em 17/09/2019 13:33
O monitor da atividade econômica da Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou queda de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho, na comparação com junho. O índice da FGV acompanhou o movimento de retração do indicador do Banco Central IBC-BR, que recuou 0,16%, divulgado na última semana.Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador da FGV avançou 0,8%, mantendo crescimento de 0,9%, pouco abaixo da taxa alcançada no segundo trimestre divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado em 12 meses.
Na variação trimestral móvel - comparação do trimestre de maio a julho com o período de fevereiro a abril -, houve alta de 0,5% no monitor da FGV. Os três grandes setores (agropecuária, indústria e serviços) apresentam alta há três trimestres móveis.
De acordo com o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, os números são sinais de que a economia continua travada e em conflito. ;Os dados mostram que, apesar do avanço, a economia ainda não consegue se libertar da armadilha do baixo crescimento econômico, em torno de 1%;, disse.
A queda de 0,2% em julho, na série dessazonalizada, é explicada principalmente pela agropecuária, que teve recuo de 1,3%, e pela indústria total, puxada por eletricidade, transformação e construção, que caíram 3,6%, 1,1% e 1,1%, respectivamente.
Ainda na série sem ajuste sazonal, o crescimento de 0,8% no mês de julho, ante ao mesmo período de 2018, foi consequência do avanço de 1,8% no setor de serviços.
Enquanto o consumo das famílias apresentou crescimento de 1,5%, o consumo do governo e os investimentos tiveram queda de 0,3% e 0,8%, respectivamente. A importação cresceu 1,4% e a exportação retraiu 2,8%.
O Governo Federal prevê um crescimento de 0,85% para atividade econômica em 2019. Nos últimos dois anos - 2018 e 2017 - o PIB brasileiro registrou avanço de 1,1%.