
Apesar da afirmação, ele garante que o governo pensará em uma outra forma para desonerar a folha de pagamento. “Nós precisamos de uma base tributária diferente para reduzir os encargos trabalhistas. Então, temos um enigma pela frente”, disse. Segundo Guedes, o um imposto sobre transações pegaria “tudo o que se move” e poderia ser usado como compensação para reduzir os encargos trabalhistas. “Ia gerar muito emprego, podia gerar crescimento e quem não estava pagando, quem está na economia informal, não consegue se apresentar para pedir ressarcimento. Mas ainda temos que pensar nas diversas formas a ser feito”, ressaltou.
Guedes destacou que um imposto sobre transações simplificaria o sistema e iria arrecadar cerca de R$ 850 bilhões. Na visão do ministro, a cumulatividade dos encargos trabalhistas é mais grave que a do imposto de transações. “A cumulatividade da folha de pagamento chega a 14%. Já de transações, com alíquota de 0,4%, chegaria a 4%”, analisou. Ainda segundo ele, os encargos trabalhistas reduziriam de 20% para 13% ou 10%, a depender da arrecadação sobre transações.
O ministro da Economia esclareceu que o governo conciliará uma proposta de reforma Tributária federal, junto à Câmara e ao Senado, e irá esperar que estados e municípios se acoplem já na tramitação, assim como feito na reforma da Previdência. “Não posso avançar sobre uma legislação que se aplica a estados e municípios, mas o congresso pode, a reforma tributária nós temos que controlar a nossa parte, por isso enviaremos um imposto único federal, que vai ser o IVA”, afirmou.
A equipe econômica também enviará os impostos seletivos, no entanto, em número reduzido em relação aos que existem hoje.