Simone Kafruni, Sarah Peres
postado em 19/09/2019 06:00
Dois dias após ter anunciado que manteria o preço dos combustíveis até que os valores do petróleo se acomodassem no mercado internacional, a Petrobras divulgou nesta quarta-feira (18/9) que vai elevar o preço médio do diesel nas refinarias em 4,2% e o da gasolina em 3,5% a partir desta quinta-feira (19/9). O reajuste ocorre depois da disparada nos preços do barril do petróleo, resultado dos ataques a instalações petroleiras na Arábia Saudita, no sábado passado. Desde a última terça-feira, contudo, os preços do óleo vêm caindo, com o anúncio daquele país, maior produtor e exportador mundial da commodity, de que já havia restabelecido boa parte da sua produção.A elevação de preços nos postos do Distrito Federal no início da semana, antes mesmo do anúncio de alta da Petrobras, levou o Procon a iniciar fiscalização nos estabelecimentos para notificar os que estão comercializando o litro do combustível acima de R$ 4,22. O parâmetro para a notificação segue o preço médio praticado para o produto na capital, de acordo com a ANP, entre os dias 8/9 e 14/9/2019. Os postos notificados têm 10 dias para prestar esclarecimentos sobre a justificativa do aumento repentino nos valores da gasolina e do diesel, sob risco de sanção por aumentos abusivos.
Por meio de nota, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que está ;atenta; para possíveis cobranças abusivas. Segundo a ANP, os preços no Brasil são ;livres, por lei, em todas as etapas da cadeia: produção, distribuição e revenda. Diante de denúncias de preços abusivos, a ANP faz ações de campo para confirmar essas suspeitas. Quando constata a prática de preços abusivos, a agência atua em conjunto com os Procons para penalizar os infratores;.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis), Paulo Roberto Corrêa Tavares, a alta do início da semana não teve nada a ver com o ataque na Arábia Saudita, mas, sim, com o aumento nas refinarias ocorrido em agosto que não havia sido repassado.