Catarina Loiola*
postado em 20/09/2019 12:12
O Distrito Federal pode ficar sem gasolina por causa de problemas no bombeamento de dutos que abastece Brasília e Goiânia, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF). As distribuidoras estão em adequação e os estabelecimentos de bandeira branca não irão receber combustível esta sexta-feira (20/9). Segundo presidente da entidade, Paulo Tavares, o problema estará resolvido até segunda-feira (23/8).Tavares afirma que é possível que não falte produto nesta sexta, pois os postos ainda possuem estoque de quinta. De acordo com ele, cada distribuidora tem seu plano individual para resolver o problema. ;A BR distribuidora, por exemplo, está trazendo 500 mil litros de gasolina do estoque de Goiânia para atender aos postos de sua rede;. Além disso, os postos bandeirados terão preferência para receber o produto.
Em nota, o Sindicombustíveis ressaltou que o motivo da falta ainda não foi totalmente esclarecido. ;As distribuidoras informam dados conflitantes, há versões de vazamento de duto por uma grande distribuidora;, diz em nota. ;Em outra grande distribuidora a falta de produto se deve à demanda, que passou a ser maior que a oferta devido ao aumento de R$ 0,06 na gasolina feito ontem e repassado aos revendedores somado aos fatos ocorridos na Arábia;.
;É possível que os preços aumentem por conta da oferta e demanda;, explica Tavares. "Se um revendedor pediu 20 mil litros para o final de semana e recebeu apenas 10 mil litros, pode escolher entre vender tudo pelo mesmo preço e no domingo não ter nada. Ou pode aumentar a tarifa e vender os dois dias;, explica. O pedido de combustível é feito pela internet.
Fiscalização
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) fiscalizou os postos do Distrito Federal, quinta-feira, devido a denúncias de aumentos de preço desproporcionais. Anteriormente, na quarta-feira, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) visitou os estabelecimentos para recolher notas fiscais dos postos que estão cobrando mais que R$ 4,22 pelo litro da gasolina, média registrada pela ANP na última semana.
Em defesa, o Sindicombustíveis afirmou, em nota, que a alta representa ;apenas a recomposição de parte da margem de lucro bruto em torno de 10% dos estabelecimentos;. Segundo o sindicato, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instituíram margem de 15,87% de lucro bruto, ;ao limitar uma grande rede de postos em Brasília em janeiro de 2016;.
*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader