Jornal Correio Braziliense

Economia

Depois da fiscalização da ANP, postos reduzem o preço da gasolina

Em 18 dos 32 postos pesquisados pelo Correio, combustível baixou de preço em relação ao dia anterior. Menores valores são encontrados em Taguatinga e o maior, no Eixo Norte, R$ 4,399. Sindicombustíveis aponta problema de abastecimento. Petrobras nega

A ação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de notificar 320 postos do Distrito Federal (DF) para avaliar se houve abuso nos aumentos do início da semana surtiu efeito. Nesta sexta-feira (20/9), dos 32 estabelecimentos pesquisados pelo Correio, 18 reduziram os preços e apenas sete elevaram os valores nas bombas. Isso, apesar da informação do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF) de que havia problemas no duto da Petrobras que abastece Brasília.

Pelo levantamento, o posto com menor valor é o Petrolino, que fica em Taguatinga Centro, onde o litro do combustível é vendido a R$ 4,069. Na cidade, o Nenen;s comercializava gasolina a R$ 4,199 e o Shell, por R$ 4,099. Nos eixos da Asa Sul, os valores variavam de R$ 4,280 (214) a R$ 4,319 (204). Na Asa Norte, era possível encontrar preços mais baixos: R$ 4,199 (107, 112 e 113), mas também o mais caro da pesquisa R$ 4,399 (212).

O militar Edson César, 49 anos, diz que o preço da gasolina no momento está razoável. ;Se fosse um tempo atrás estaria mais de R$ 5;. Para ele, quando ocorre aumento do preço da gasolina, o motivo é falta de política pública. César é favorável à privatização da estatal. ;Normalmente, o pessoal não pensa muito no bolso do consumidor. Com o monopólio da Petrobras fica muito caro, dava para ser mais barato;, ressalta. O militar conta que espera o preço baixar e realiza pesquisa, pois abastece ao menos quatro vezes na semana.

Alguns consumidores continuam insatisfeitos com o preço da gasolina, como a aposentada Neima Cardoso, 42. ;Gasto grande parte da renda com gasolina. Vivem prometendo que o preço vai diminuir, mas falar é uma coisa, a realidade é outra;.

Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis explica que ;é possível que os preços aumentem por conta da oferta e demanda e do problema nos dutos;. Além disso, explica que a variação de preços é responsabilidade dos revendedores, que decidem se repassam os aumentos nas refinarias ou não.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira