Economia

Depois da fiscalização da ANP, postos reduzem o preço da gasolina

Em 18 dos 32 postos pesquisados pelo Correio, combustível baixou de preço em relação ao dia anterior. Menores valores são encontrados em Taguatinga e o maior, no Eixo Norte, R$ 4,399. Sindicombustíveis aponta problema de abastecimento. Petrobras nega

Catarina Loiola*
postado em 21/09/2019 07:00

frentistas em um postoA ação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) de notificar 320 postos do Distrito Federal (DF) para avaliar se houve abuso nos aumentos do início da semana surtiu efeito. Nesta sexta-feira (20/9), dos 32 estabelecimentos pesquisados pelo Correio, 18 reduziram os preços e apenas sete elevaram os valores nas bombas. Isso, apesar da informação do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF) de que havia problemas no duto da Petrobras que abastece Brasília.

Pelo levantamento, o posto com menor valor é o Petrolino, que fica em Taguatinga Centro, onde o litro do combustível é vendido a R$ 4,069. Na cidade, o Nenen;s comercializava gasolina a R$ 4,199 e o Shell, por R$ 4,099. Nos eixos da Asa Sul, os valores variavam de R$ 4,280 (214) a R$ 4,319 (204). Na Asa Norte, era possível encontrar preços mais baixos: R$ 4,199 (107, 112 e 113), mas também o mais caro da pesquisa R$ 4,399 (212).

O militar Edson César, 49 anos, diz que o preço da gasolina no momento está razoável. ;Se fosse um tempo atrás estaria mais de R$ 5;. Para ele, quando ocorre aumento do preço da gasolina, o motivo é falta de política pública. César é favorável à privatização da estatal. ;Normalmente, o pessoal não pensa muito no bolso do consumidor. Com o monopólio da Petrobras fica muito caro, dava para ser mais barato;, ressalta. O militar conta que espera o preço baixar e realiza pesquisa, pois abastece ao menos quatro vezes na semana.

Alguns consumidores continuam insatisfeitos com o preço da gasolina, como a aposentada Neima Cardoso, 42. ;Gasto grande parte da renda com gasolina. Vivem prometendo que o preço vai diminuir, mas falar é uma coisa, a realidade é outra;.

Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis explica que ;é possível que os preços aumentem por conta da oferta e demanda e do problema nos dutos;. Além disso, explica que a variação de preços é responsabilidade dos revendedores, que decidem se repassam os aumentos nas refinarias ou não.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira

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