O mercado financeiro reduziu, pela sétima vez seguida, a estimativa para a inflação em 2019, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (23/9), a mediana para o IPCA saiu de 3,45% para 3,44% no ano. Já para o ano seguinte, a previsão permaneceu em 3,80%. Para 2021 e 2022, a previsão do BC é de, respectivamente, 3,75% e 3,50%.
Apesar da pequena redução, as estimativas estão abaixo da meta da inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do BC. Atualmente, a meta de inflação para 2019 é de 4,25%, e para 2020, 4%.
O mercado também espera que a taxa básica de juros, a Selic, sofra uma nova redução em outubro e termine 2019 em 5%. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa de 6% para 5,5% ao ano. Para 2020, as instituições financeiras não esperam por alterações na Selic, mas para 2021 a expectativa é que a taxa suba novamente para 6,75%. Para 2022, o mercado espera uma Selic a 7% ao ano.
PIB sem alterações
As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) dos próximos 4 anos não foram alteradas pelo relatório Focus, permanecendo em 0,87% em 2019, 2% em 2020, e 2,50% em 2021 e 2022. Já a previsão para a cotação do dólar ao fim do ano saiu de R$ 3,90 para R$ 3,95. Para 2020, a moeda deve ser cotada em R$ 3,90, segundo o Relatório.
Já as projeções para o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de 2019, indicador que acompanha a evolução dos preços de bens e serviços, subiram dois pontos percentuais, saindo de uma alta de 5,07% para 5,09%.
Há um mês, a expectativa para o IGP-M era de uma alta de 5,71%. Já para 2020, o mercado financeiro espera uma alta de 4,05% para elevação de 4,06%, ante 4,08% de quatro semanas antes.
*Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende