Anna Russi
postado em 25/09/2019 12:15
A taxa de juros no cheque especial, recuou 11,8 pontos percentuais (p.p), em agosto ante ao mês de julho, ficando em 306,9% ao ano (a.a). Já o juro médio rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas passou de 300,3% a.a, em julho, para 307,2% a.a, em agosto. O avanço de 6,9 p.p é a quarta alta consecutiva. As informações são da nota de crédito do Banco Central, divulgada nesta quarta-feira (25/9). Mesmo com a taxa básica de juros, a Selic, em seu menor patamar histórico, a 5,5% ao ano, os juros das duas modalidades de crédito citadas seguem elevados. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a taxa média do juro do cheque especial (303,2%) e do rotativo do cartão de crédito (274,4%), registraram alta.
O juros do rotativo regular, aplicado quando o cliente paga o valor mínimo da fatura, avançou 5,3 p.p, ficando em 289% a.a, ante 283,7% a.a, no mês anterior. Na modalidade não regular, em que o cliente não paga o mínimo da fatura, os juros passaram de 311,9%, em julho, a.a para 319,6% a.a, em agosto.
Já a taxa de juros do cartão de crédito parcelado teve alta mensal de 2,1 p.p, 177,3% ao ano, em agosto.
Crédito pessoal
Nas operações de crédito pessoal, a taxa de juros caiu de 43,9% a.a, em julho, para 43,1% a.a.
A taxa no crédito pessoal não consignado, também recuou, de 119,2% para 16,6%. É o terceiro mês consecutivo de queda. Já o crédito consignado, que é a modalidade em que há desconto direto no contracheque e que oferece o menor custo para o consumidor, houve leve variação negativa de 22,5% para 22,3%.
Inadimplência total
De acordo com o Banco Central, a inadimplência total registrou leve alta de 3,0%, em julho, para 3,1%, em agosto. Nas operações com recursos livres a taxa também mostrou avanço de 0,1%, ficando em 4,0%.
Pessoas físicas seguem com uma maior inadimplência, de 4,9%, alta de 0,1% em relação ao mês anterior. Entre as empresas, o percentual passou de 2,8% para 2,9%.
Spread
O spread bancário médio no segmento de crédito livre permaneceu no mesmo patamar, de 31,6 pontos percentuais, na comparação de agosto com o mês anterior. Para crédito de pessoas físicas, a taxa passou de 45,7 p.p para 45,6 p.p na variação mensal.
A taxa de spread bancário é a diferença entre o custo de captação do dinheiro, que é o que o banco paga ao cliente para deixar o dinheiro em conta corrente, poupança ou outro investimento, e aquele cobrado nos empréstimos bancários.
Para pessoas jurídicas, o spread médio recuou de 13,0 p.p, em julho, para 12,8 p.p, em agosto. Por outro lado, o spread médio do crédito direcionado subiu para 4,5 p.p, no oitavo mês do ano, ante 4 pontos percentuais no mês anterior.
No crédito total, o spread bancário médio sofreu leve avanço, de 19,7 p.p para 19,8 pontos percentuais, no período.