Economia

Serviço de saúde público e privado não conversam entre si como deveriam

Especialista acreditam que Complementariedade entre setor de saúde público e o privado pode evitar desperdícios de recursos

Maria Eduarda Cardim
postado em 25/09/2019 12:56

Coordenador geral da Secretaria Nacional do Consumidos do Ministério da Justiça (Senacon), Andrey FreitasO sistema de saúde complementar sofre desperdícios no Brasil e no mundo, segundo especialistas ouvidos no Correio Debate: saúde suplementar, consumo e sustentabilidade realizado nesta quarta-feira (25/9) no auditório do jornal. Uma das soluções para evitar esse desperdício é a complementariedade entre setor de saúde público e privado. Segundo o coordenador geral da Secretaria Nacional do Consumidos do Ministério da Justiça (Senacon), Andrey Freitas, uma visão ;enviesada; dificulta essa ação complementar entre os sistemas.

;Por questões históricas há uma separação entre os setores público e privado. Historicamente tratamos no Brasil serviços públicos como algo destinado a pessoas de baixa renda. Essa visão enviesada dificulta uma ação complementar e cria um desperdício de recursos no sistema de saúde;, afirma Andrey. Para ele, atualmente os serviços de saúde público e privado não conversam entre si como deveriam. ;Essa combinação de esforços tem que ser melhor trabalhado;, afirma.

O coordenador geral da Senacon participou do primeiro painel do debate que abordou a questão dos planos de saúde. Sobre o ponto de vista de consumidor, Andrey acredita que as pessoas se preocupam com três pontos: informação, preço e qualidade. Para o coordenador da Senacon, é preciso que a informação chegue até a população.

;É importante, por exemplo, a ANS tenha um conjunto de informações no site dela, mas é ainda mais importante que essa informação chegue até a população;, explica. Já em relação ao preço, a mudança necessária é o pensamento a longo prazo. ;Há uma mudança da base etária da população e por isso é preciso de uma mudança estrutural. A gente tem que pensar em soluções e como construir e manter esse sistema para os próximos 50 anos;, avalia.


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