postado em 28/09/2019 04:11
O resultado primário, saldo entre as despesas e as receitas, excluídas as despesas com juros, do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) acumula deficit de R$ 52,124 bilhões nos oito primeiros meses do ano. O valor representa queda real de 14,6% em relação ao mesmo período de 2018, quando as despesas superaram as receitas em R$ 58,739 bilhões. O resultado de 2019 é o melhor para o período desde 2015.
Para o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, no entanto, mesmo com queda, um resultado deficitário continua sendo negativo para o país. ;Enquanto o país tiver deficit, não dá para comemorar nada. Resultado deficitário é muito ruim. 2020 será o sétimo ano seguido com deficit primário. A situação fiscal ainda é bastante ruim;, afirmou.
No acumulado em 12 meses, o rombo nas contas do governo central é de R$ 115,2 bilhões, equivalente a 1,61% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A meta para 2019 é um deficit de R$ 139 bilhões.
De acordo com Mansueto Almeida, a expectativa da equipe econômica é um resultado primário para 2019 entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, do melhor que a meta. ;Eu não acredito em um deficit de R$ 139 bilhões. Amarramos tanto o orçamento, que esperamos entregar um valor melhor;, destacou.
Já no resultado mensal, o deficit foi de R$ 16,852 bilhões. O saldo veio melhor do que o deficit de R$ 18,7 bilhões esperado para o mês, de acordo com a pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Economia. Em agosto de 2018, foi negativo em R$ 19,7 bilhões. (AR)